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Prefeito de Botuverá avalia 2014 e fala dos planos para próximo ano

Entre principais planos para ano que vem, José Luiz Colombi, o Nene, destaca implantação do Minha Casa Minha Vida no município

O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, concedeu entrevista ao jornal Município Dia a Dia para fazer um balanço do ano de 2014 de seu governo. Nene destacou ações de regularização fundiária e habitação e projeta um 2015 difícil com vários projetos por fazer.

Habitação e terras: Minha Casa Minha Vida em 2015

Nene afirma que o principal feito da sua gestão na prefeitura em 2014 foi reorganizar a cidade. “Quando eu assumi a prefeitura, não tinha nada na habitação. O primeiro passo foi criar o Conselho Municipal de Habitação”, diz ele. A parti disso foi feito um desenho da cidade levando em conta todas as áreas, como os cemitérios que foram municipalizados, dentre outras.
Segundo o prefeito, isto é importante para que Botuverá esteja conforme a lei federal determina e possa receber o Minha Casa Minha Vida urbano. “Hoje, Botuverá tem um déficit de umas 70 casas. Queremos fazer cerca de 40 casas pelo programa para tirar as pessoas do aluguel. Já tenho dois ou três terrenos em vista”, afirma.

Regularização fundiária: escritura para todos

Nene diz que começou, em parceria com o governo estadual, um programa de regularização fundiária no município. Ele afirma que quase todas as casas não possuem a escritura, por isso ficam num limbo jurídico. Por exemplo, em caso de morte a passagem da herança fica comprometida.
Além disso, na regularização do solo, o prefeito diz que está tratando com o Ministério Público sobre os recuos previstos no novo Código Florestal. “Queremos que os recuos de 30 metros sejam para novas áreas e que em áreas consolidadas seja de 15 metros “, diz.
Enquanto esta questão não é discutida, o Plano Diretor da cidade aguarda aprovação da Câmara de Vereadores. O projeto já está na Casa para análise dos parlamentares.

Saneamento e lixo: tratamento de esgoto

Nene destaca como principal realização na área de saneamento básico a confecção de um plano municipal. Ele foi feito pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa). No lado negativo está o relacionamento com a Casan. “A Casan sempre foi um problema, até que tivemos que tomar medidas mais enérgicas e ameaçamos municipalizar”, afirma.
A principal ação que Nene ressalta para 2015 é um projeto piloto de tratamento de esgoto. Se for feito, a prefeitura, com recursos próprios, irá custear a colocação de fossas e pontos de tratamento em pequenos grupos de 25 a 30 casas. “É um projeto que já funciona em outras cidades e é barato”, diz. Na questão do lixo, o prefeito diz que a coleta seletiva iniciará em fevereiro do ano que vem.

Saúde: nova unidade de saúde

Depois de trocar quatro secretários da pasta, o prefeito faz uma boa avaliação da Saúde no município. Segundo ele, abertura do abatedouro municipal é um feito também de saúde pública. “Antes abatiam em casa, agora têm um local adequado, isso é saúde”, diz.
Em 2015, o plano é inaugurar uma unidade de saúde no Ribeirão do Ouro, perto da barragem. “Já está feito e os profissionais, contratados. É só colocar para funcionar”, diz.

Educação: nova escola

A abertura da primeira creche no município é o principal fato do ano na área, para o prefeito. Apesar de algumas críticas quanto ao atendimento do educandário que atende 25 crianças, ele diz que está funcionando como deveria.
Em 2015, a expectativa é construir uma nova escola no limite entre os bairros Pedras Grandes e Águas Negras. A verba de R$ 1 milhão já está assegurada, conforme Nene. A unidade terá seis salas e atenderá até o quinto ano.

Infraestrutura: pavimentação do município

“A SC-486 foi um processo longo em que precisamos, primeiro, pedir ao Deinfra que municipalizasse o trecho para podermos fazer a obra”, diz Nene Colombi. A rodovia – junto com a barragem, que será licitada em janeiro -, representa o maior desafio na infraestrutura da pequena cidade.
De acordo com o prefeito, também foram construídas mais de 25 pontes de madeira, 15 pontes pênsil e colocado macadame referente a 300 km de estradas.

Segurança: ambulância e bombeiros na cidade

Botuverá também sofre com a falta de efetivo, na visão do prefeito. Ele planeja formar uma comitiva para buscar, pelo menos, mais três policiais para o destacamento da cidade. Atualmente, quatro PMs trabalham ali.
“Estamos em tratativas com os Bombeiros para eles cumprirem o que prometeram e colocar uma guarnição aqui”, diz. O serviço de emergência, com ambulância e equipe, seria responsável por atender também o bairro Dom Joaquim em Brusque. Nene também pleiteia uma ambulância do Samu para Botuverá.

Justiça

Nene se diz tranquilo quanto ao processo que tramita na Justiça contra ele e o vice-prefeito, Nilo Barni. O Ministério Público denunciou os dois porque a prefeitura de Botuverá contratou a empresa do vice, Mineração Ouro. No entanto, ele diz que a situação gerou outro problema. “Com uma empresa só, o preço pode subir e dar prejuízo para o poder público”, diz.