Prefeito Jonas Paegle avalia crise no PSB e fala sobre planos de deixar o partido
Ele afirma que pretende aguardar desfecho da situação antes de decidir se permanece na sigla
Ele afirma que pretende aguardar desfecho da situação antes de decidir se permanece na sigla
Membros do PSB, partido do prefeito Jonas Paegle, estão em pé de guerra com a direção nacional do partido, a qual recentemente destituiu a diretoria da sigla no estado. O motivo principal são as divergências políticas: enquanto o PSB nacional segue uma linha mais à esquerda, o estadual tem apoiadores do governo Bolsonaro entre seus principais expoentes.
Paegle, por sua vez, prefere manter-se longe da polêmica. Ele diz que tem acompanhado apenas pela mídia a discussão, e classifica a intervenção no diretório catarinense como “uma atitude ideológica”.
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As diferenças entre as executivas nacional e estadual têm motivado debandadas do partido. O prefeito, no entanto, não pretende decidir agora se fica ou sai do PSB, apesar de reconhecer que suas ideias não se alinham ao diretório nacional.
“Eu sou mais de centro-direita do que centro-esquerda, tenho o pensamento empresarial, da liberdade, capitalista”, resume ele. Paegle diz que tomará a decisão de deixar ou não o PSB até abril de 2020, prazo máximo para troca de partido antes das eleições municipais.
O prefeito afirma que não pretende se envolver em atritos partidários, como outros integrantes do partido e prefeitos que trocaram de sigla, como Napoleão Bernardes, de Blumenau, que saiu do PSDB para o DEM, ou como o de Chapecó, Luciano Buligon, expulso do PSB após apoiar Bolsonaro.
“É meio difícil tomar uma decisão agora, vou esperar o momento certo. É melhor não se precipitar”.
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Ele afirma que aguarda o desenrolar da situação entre os diretórios estadual e nacional, para ver se vai haver consenso, ou até mesmo a formação de um novo partido.
Paegle adianta, contudo, que uma eventual inclinação do PSB catarinense à esquerda, como pretende a Executiva nacional, não é de seu agrado. Na prática, isso pode acelerar sua saída do partido.
O prefeito diz que não conversa com nenhum partido para ir caso deixe o PSB. Anteriormente, já foi cogitada sua ida ao MDB, partido do vice-prefeito Ari Vequi, quando Paegle participou de uma reunião interna da sigla, mas isso não se confirmou.