Prefeitos de Botuverá e Guabiruba explicam acordo com Hospital Azambuja
Repasse tem que acontecer através do Cisamvi e depende de quais serviços serão oferecidos pelo hospital
Representantes das prefeituras de Botuverá e Guabiruba, e do Hospital Azambuja se reuniram na quinta-feira, 23, para discutir meios de os municípios contribuírem com um repasse mensal.
Matias Kohler, prefeito de Guabiruba, explica que não existe uma opção legal para envio direto dos municípios para o hospital. É necessário que o hospital ofereça serviços para que o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Vale do Itajaí (Cisamvi) transfira o dinheiro.
“O sistema de plantões e sobreaviso do Azambuja tem um custo, e dentro desse custo há uma possibilidade de que esses profissionais pudessem fazer atendimentos, exames e consultas através do Cisamvi. Ao invés de contratar serviços de Itajaí, Blumenau, Barra Velha, Florianópolis, contrataríamos direto do Azambuja”, explica.
As verbas que as prefeituras recebem do governo federal destinadas à saúde são encaminhadas para o Cisamvi, que destina para as instituições. Como municípios pequenos não têm toda a estrutura para atender procedimentos mais complexos, são feitos acordos com hospitais de outros locais e o próprio consórcio é o responsável por cobrir os custos.
José Luiz Colombi, o Nene, prefeito de Botuverá, reforça que os municípios nunca negaram ajuda ao Azambuja, mas que esperavam opções legais para fazê-lo. Colombi disse que já havia recebido um modelo de repasse de verbas há alguns anos, que foi reprovado pelos assessores jurídicos.
“O Azambuja vinha questionando que as prefeituras de Botuverá e Guabiruba não ajudavam, mas o problema era a parte jurídica. Não temos como simplesmente enviar um dinheiro a mais. É necessário um documento jurídico, legal, para que possamos fazer esse repasse”, esclarece.
Os dois afirmam que não há um valor fixado, e que o repasse depende de quais serviços o hospital vai colocar à disposição e credenciar no Cisamvi. O dinheiro já está disponível, tendo em vista que outros municípios são responsáveis por esses atendimentos e recebem o repasse nesses moldes.
“Secretárias de Saúde de Botuverá e Guabiruba estão fazendo levantamento de quais serviços são possíveis contratar com o Azambuja. Levando os nossos pacientes para lá, ao invés de outros municípios, conseguimos agregar valor e renda para o hospital. Vamos buscar uma maneira legal de transferir um valor e ajudar”, acrescenta Colombi.
Mesmo sendo ano eleitoral, o acordo pode ser feito por conta deste modelo. De acordo com os prefeitos, não há nenhum impedimento para que o acordo seja consumado, desde que dentro destes parâmetro. Agora é necessário que haja um entendimento entre o Cisamvi e o hospital, que precisa informar quais serviços tem capacidade de oferecer.