Prefeitura assina convênio para cirurgias com hospitais Dom Joaquim e Azambuja
Serão mais de 400 procedimentos mensais; repasse financeiro será do governo estadual
Serão mais de 400 procedimentos mensais; repasse financeiro será do governo estadual
Na tarde desta quinta-feira, 2, a Prefeitura de Brusque assinou convênios com duas instituições hospitalares para a realização de mutirão de cirurgias eletivas. Os representantes dos hospitais Dom Joaquim e Azambuja estiveram presentes, também para a assinatura do documento. O ato foi registrado em cerimônia realizada no Salão Nobre da prefeitura.
Desta forma, os dois hospitais realizarão, a partir de agora, cerca de 400 cirurgias mensais, de oito diferentes especialidades. Após a assinatura, os repasses financeiros para o pagamento destes convênios ficam por conta do governo do estado. Conforme informações da Secretaria de Saúde de Brusque, são pagos em média cerca de R$ 400 por procedimento.
As cirurgias não abrangem apenas a população de Brusque. Estão reservadas, também, vagas para a execução de procedimentos cirúrgicos a moradores de Botuverá e Guabiruba. Tem prioridade para a realização das cirurgias pacientes que já estão na fila.
Aceitação dos hospitais
Em 2018, o Hospital Azambuja não assinou o convênio para a realização das cirurgias eletivas. Neste ano, contudo, a administração do hospital decidiu abrir as portas para os procedimentos.
Conforme explica o administrador da unidade, Evandro Roza, a aceitação foi discutida em conversas internas. “Discutimos com nossa equipe médica e gestores e acreditamos que vai refletir positivamente no atendimento da população”.
Atualmente, o Azambuja já presta cirurgias dentro de contrato direto com a prefeitura, o que somado com os novos procedimentos por meio do convênio passará de 100 cirurgias mensais.
Sobre o hospital ter recusado o convênio em 2018, Roza explica que o motivo é a dificuldade e o atraso nos repasses. “A gente fica ressabiado porque essas campanhas eu acompanhei, não só no Hospital Azambuja mas em outros que administrei, o atraso no pagamento. O médico não quer saber de onde vem o dinheiro, quer ser pago pelo trabalho que fez. Esse ano vamos aderir, mas com expectativa que seja pago em dia”.
Administrador da Paróquia Santa Catarina e do Hospital Dom Joaquim desde janeiro, o padre Valdir Prim demonstrou satisfação em poder colaborar com a saúde em Brusque. “É importante colaborar com as entidades públicas, porque a saúde do povo é bem precária. Tudo que vier precisamos acatar, porque são seres humanos, nossos irmãos, e o hospital está de portas abertas para promover a saúde a todos”.
Busca de melhor posicionamento
Presente na assinatura dos convênios, o secretário de Saúde, Humberto Fornari, explicou o porquê da importância de realizar mutirões e procedimentos como estes. “Ano após ano, Brusque está perdendo espaço diante do Ministério da Saúde por não aderir a programas como este. No fim do ano, quando são avaliadas as vagas hospitalares, a média de Brusque é puxada para baixo, porque na conta deles há espaço que não está sendo ocupado”.
Fornari elogiou a atitude do Hospital Azambuja de realizar os procedimentos. “Agora estamos caminhando juntos, na mesma direção. Estes mutirões fazem com que os próprios hospitais melhorem suas estruturas e capacidade, ficando bem colocados sob a ótica do Ministério da Saúde”.
Segundo o prefeito Jonas Paegle, a demanda de saúde na cidade vem aumentando. “Hoje a cidade tem cerca de 140 mil habitantes, e com isso vão os números de acidentes, de doentes, e isso vai estourar lá na emergência. Nossos hospitais vão sendo cada vez mais exigidos”.
Hospital Dom Joaquim
Hospital Dom Joaquim/Clínica Carramilo e Menino*
*execução no Hospital Dom Joaquim
Hospital Azambuja