Prefeitura de Brusque abrirá UPA 24 horas com estrutura reduzida
Secretário diz que colocá-la em funcionamento é exigência do Ministério da Saúde, que financiou a obra
O secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, informa que a prefeitura terá que atender exigência do Ministério da Saúde e colocar em funcionamento a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, preterida por governos anteriores, em função de seu alto custo mensal de manutenção.
O ultimato deu-se no mês passado, quando comitiva da prefeitura foi até Brasília para discutir o caso com o ministério, que vetou a intenção da prefeitura de utilizar o espaço para outros fins.
“Ela não pode ser fechada, nós não podemos desistir da UPA. O que nos sobra de caminho é uma readequação, no sentido de tamanho”, explica Fornari.
A readequação consiste em montar uma UPA de porte 1, em vez da de porte 2, como estava previsto inicialmente pelo governo federal. A UPA maior, segundo o secretário, prevê a contratação de diversos especialistas, além da manutenção de outros em regime de sobreaviso.
Essa estrutura foi considerada muito cara pelas gestões passadas, as quais alegaram a inviabilidade de manter os custos mensais da unidade, estimados em R$ 1,4 milhão. “Partiremos para uma estrutura menor”, adianta o secretário.
O serviço da UPA de porte 1, por sua vez, não é considerado suficiente pelo secretário. “Uma UPA 1, com um médico 24 horas, não resolve absolutamente nada para a nossa população, vamos ficar com um serviço aquém daquele que a gente espera oferecer para a comunidade”.
“Nós teríamos que ter pelo menos, dentro dessa readequação, dois médicos generalistas 24 horas e um médico pediatra 24 horas, é o mínimo que se consegue conceber”, avalia Fornari.
No momento, o que está acertado é que o Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) está elaborando uma reestruturação do projeto da UPA 24 horas, reduzindo o tamanho da estrutura a ser utilizada por ela.
“Quando o DGI disser que fez os acertos necessários, vamos em busca de pessoal para começar a realizar os serviços. O prognóstico é de meados de 2018 para abrir”.
Conforme Fornari, abrir a UPA agora “deixa de ser uma escolha e passa a ser uma obrigação”.
Será necessária uma realocação de recursos para pagar os profissionais e manter o espaço. Segundo o secretário de saúde, o mais provável é que seja feita uma rediscussão dos recursos próprios que a prefeitura aplique nos hospitais.
A atual configuração do Ministério da Saúde para a UPA de porte 1 prevê o atendimento, por dois médicos, de até 150 pacientes em um período de 24 horas, e no mínimo sete leitos para observação.
Já o porte 2 deve ter ao menos quatro médicos, com 300 atendimentos a cada 24 horas e no mínimo 11 leitos para observação.