Prefeitura contrata vigias para atuarem 24 horas ao dia na praça da Cidadania
Polícia Militar comemora ajuda para vigiar o espaço, onde há vários transtornos
O serviço de vigilância 24 horas por dia deverá ter início nas próximas semanas na praça da Cidadania. Vigilantes contratados diretamente pela Prefeitura de Brusque também atuarão durante o dia em outros espaços do Centro e na rodoviária. Os locais são pontos conhecidos de tráfico de drogas, consumo de entorpecentes e brigas.
A prefeitura havia tentado contratar uma empresa de vigilância por meio de licitação. Contudo, não foi possível, porque uma das interessadas entrou na Justiça. A alternativa encontrada foi contratar pessoas para o cargo temporário de “servente de serviços gerais – vigia”.
Segundo o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, a praça terá quatro vigias, que se revezarão na escala 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso.
Molina diz que a ideia é que os vigias comecem a trabalhar antes do dia 20, quando a praça deverá ser reinaugurada, com food trucks, para que já tenham mais convivência com o ambiente e a atividade profissional.
Os demais vigias das outras praças, do terminal e da rodoviária começarão a trabalhar gradativamente, substituindo aqueles cujo contrato foram encerrados. O enfoque maior, num primeiro momento, será na da Cidadania.
Ajuda
A praça da Cidadania é, há algum tempo, motivo de dor de cabeça para a Polícia Militar. Várias vezes na semana a polícia é chamada por causa de tráfico de drogas ou posse de entorpecentes. Geralmente, são menores de idade, que não ficam detidos.
O tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, diz que os vigias são importantes e auxiliarão a PM. Com pouco efetivo, a corporação não consegue patrulhar ininterruptamente o Centro.
O tenente-coronel Gomes reuniu-se com os vigias e repassou instruções sobre como eles devem se comportar perante adolescentes que praticam delitos. Para o comandante, os profissionais deverão ser enérgicos para manterem a ordem.
Os vigias foram orientados sobre como lidar com casos mais leves. Quando houver um caso mais grave ou for preciso conduzir um indivíduo à Delegacia de Polícia Civil, a Polícia Militar será acionada.
“Para nós, é muito importante. Vai ser melhor ainda com o videomonitoramento, que estamos solicitando à prefeitura”, diz o comandante da PM. Gomes ressalta que há tempos tem falado que o problema da praça da Cidadania não é só policial, mas de toda a sociedade civil organizada.