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Prefeitura de Brusque aguarda decisão do Exército para instalação de ponte temporária

Comando considera que instalação da estrutura traria problema ao município; não há previsão da entrega do relatório

A Prefeitura de Brusque depende agora da decisão do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, de Porto União, no Planalto Norte do estado, para que a ponte de equipagem militar, a LSB, do inglês Logistic Support Bridge (Ponte de Suporte e Logística), seja instalada em Brusque.

Essa estrutura seria colocada no lugar da ponte Arthur Schlösser, próximo ao terminal urbano, que foi interditada no começo do mês devido a um problema no seu pilar causado por cheia do rio Itajaí-Mirim.

Conforme o prefeito Jonas Paegle, não há uma previsão de quando a decisão será comunicada ao Executivo. Ele afirma que depois dos dois dias de coleta de informações dos integrantes do batalhão, será feito um relatório, que passará pela gerência do comando e será enviado a Brasília. Só após os trâmites é que o município será comunicado. Não há um prazo estipulado para o retorno do relatório.

“Eles fizeram muitas fotos, fizeram medições da largura do rio, da ponte atual, conversaram conosco, colheram dados. Eles são muito militares, tem qualidade, tecnologia, tem tudo. Agora estamos na expectativa para saber a resposta, se sim ou não, mas esperamos que dê tudo certo”, afirma o prefeito.

Para a reportagem do jornal O Município, o 2º tenente do batalhão, Mateus Fiamoncini, não confirmou se há intenção do comando em trazer a ponte à cidade. “Essa informação é de acesso restrito”, enfatiza.

Por outro lado, em reunião no gabinete do prefeito na manhã de ontem, com profissionais do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) e da Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram), onde apresentou uma visão geral do levantamento de informações, ele deixou claro que a instalação da ponte traria problemas ao município.

Segundo Fiamoncini, somente na parte logística seriam necessários sete bitrens, três munks, uma prancha baixa, um trator esteira, uma carregadeira, duas viaturas, um ônibus, uma viatura administrativa e uma UTI móvel, além de combustível, alojamento e alimentação. Seriam necessários entre 10 e 15 dias e 43 pessoas envolvidas.

Ele afirma que o Exército teria que colocar a nova estrutura em cima da ponte com problemas, com apoio no pilar sadio, porém, isso poderia comprometer ainda mais a estrutura já existente. Fiamoncini argumenta que o gasto seria elevado para o município, para uma solução paliativa.

“A ponte suporta apenas um veículo por vez, o que causaria impacto no fluxo de trânsito. Para guarnição do local e controle do tráfego seriam necessários 13 militares a cada 21 dias”.

O 2º tenente diz que também foi avaliada a possibilidade de instalar a estrutura em outro ponto da avenida Beira Rio, no entanto, comprometeria uma pista da via, o que causaria problemas no fluxo de trânsito. “É necessário lembrar ainda que a ponte é muito leve e deve sempre ser instalada um metro acima do marco histórico de enchente do local, para que, numa eventual cheia, ela não seja levada pelas águas”, explica.