Prefeitura de Brusque e Hospital Dom Joaquim formalizam início do pronto atendimento 24 horas
A partir de 1º de novembro, instituição estenderá atendimento todos os fins de semana e feriados
A partir de 1º de novembro, instituição estenderá atendimento todos os fins de semana e feriados
A Secretaria de Saúde de Brusque e o Hospital Dom Joaquim formalizaram na tarde desta quinta-feira, 24, a parceria para a abertura do pronto atendimento da instituição aos fins de semana e feriados.
O atendimento estendido do Hospital Dom Joaquim inicia a partir das 18 horas do dia 1º de novembro. A ideia é que a instituição consiga diminuir a demanda do Hospital Azambuja, que recebe um grande número de pacientes aos fins de semana, quando as unidades básicas de saúde (UBS) estão fechadas.
Desta forma, o hospital permanecerá aberto ininterruptamente sempre das 18 horas de sexta-feira até as 22 horas de segunda-feira. Aos feriados o atendimento também será estendido, iniciando na véspera do feriado até o dia posterior.
No local, serão atendidos casos menos graves, que não caracterizam urgência e emergência, diminuindo o tempo de espera que atualmente é bastante alto no Hospital Azambuja e é um dos principais gargalos da administração.
O secretário de Saúde, Humberto Fornari, destaca que esta parceria vai reduzir a demanda acumulada. “Quem ganha é a população. Ao longo dos anos o hospital vem reduzindo sua produtividade, o que acaba impactando na população. Ficamos boa parte do ano em negociação, o hospital entendeu a necessidade de somar forças com o Azambuja em prol da população”.
O convênio entre o Hospital Dom Joaquim e a prefeitura é de R$ 7,8 milhões para 14 meses. A ideia da prefeitura, entretanto, é que a partir do próximo ano o hospital atenda 24 horas todos os dias da semana.
A gerente de enfermagem do hospital, Vera Civinski, destaca que a estrutura da instituição sempre foi subaproveitada no município. De uns tempos pra cá, entretanto, a diretoria sentiu a necessidade de ampliar o atendimento à comunidade.
“É um grande desafio implantar um novo serviço, mas esperamos um resultado positivo. Nós podemos ajudar o Hospital Azambuja, então por que não fazer? Temos capacidade para entender pequena e média complexidade. As pessoas podem se dirigir ao nosso hospital que serão muito bem atendidas”, afirma.
Hoje o hospital atua com 11 médicos, sendo três pediatras. O atendimento estendido funcionará com clínicos gerais que farão o primeiro atendimento e, se necessário, encaminharão para os especialistas. A enfermeira ressalta ainda que o atendimento no Hospital Dom Joaquim contemplará também internação clínica, caso o paciente necessite.
O vice-prefeito Ari Vequi afirma que havia a vontade de ampliar o atendimento do Hospital Dom Joaquim há bastante tempo, entretanto, não havia recursos. Neste ano, a prefeitura conseguiu se organizar financeiramente e firmar a parceria com o hospital. “Queríamos resolver, mas faltava o dinheiro. Passamos muito tempo buscando a melhor maneira até chegarmos nesta parceria”, diz.
Agora, o vice-prefeito faz um apelo à população, principalmente das regiões próximas ao Hospital Dom Joaquim, como Thomaz Coelho, Cedro Alto, Cristalina, Rio Branco, para que em caso de necessidade, procurem o pronto atendimento da instituição.
“Precisamos que as pessoas procurem as unidades de saúde e o Dom Joaquim. Pra que esperar, cinco, seis horas no Azambuja, se a partir de agora será possível ser atendido com mais rapidez em outro lugar. Estamos dando o primeiro passo que é abrir aos fins de semana, mas com o tempo, quem sabe não ampliamos para todos os dias”, diz.
Vequi também destaca o trabalho da Secretaria de Saúde para abrir o pronto atendimento no bairro Santa Terezinha. “Os documentos para autorizar a mudança ainda estão em Brasília, é muita burocracia, mas em breve poderemos ter três opções para nossa população. Será um grande avanço”.
O prefeito Jonas Paegle lembra que em quase 55 anos de história, esta será a primeira vez que o Hospital Dom Joaquim trabalhará com a porta aberta durante 24 horas. “Sem saúde não adianta ter dinheiro, ter posses. A saúde é fundamental. Sabemos da necessidade desse atendimento e agora teremos mais uma porta de sustentação para a saúde”, diz.