Prefeitura de Brusque estuda capacitar população de rua para inclusão no mercado de trabalho

Falta de pessoas capacitadas dificulta preenchimento das vagas de emprego no município

Prefeitura de Brusque estuda capacitar população de rua para inclusão no mercado de trabalho

Falta de pessoas capacitadas dificulta preenchimento das vagas de emprego no município

A Prefeitura de Brusque pretende criar alternativas de capacitação para pessoas em situação de rua entrarem no mercado de trabalho. A ação consta no projeto Brusque 2030, elaborado pela administração municipal.

Atualmente, Brusque tem mais de 1 mil oportunidades de emprego abertas. No entanto, as vagas não são completamente preenchidas, pois faltam pessoas capacitadas.

O secretário de Desenvolvimento Social, Jocimar dos Santos explica que a prefeitura estuda iniciar os cursos a partir de 2022. Serão três áreas abrangidas: eletricista residencial, tecelão e padeiro.

Jocimar explica que as aulas não terão custo para os participantes. Os interessados deverão se inscrever e passarão por uma seleção. O secretário diz que cada turma terá 30 pessoas e uma parte desse número será destinado às pessoas em situação de rua.

“Quem está em situação de rua pode ficar no albergue por 60 dias, mas se não arranjar um emprego deve sair. Quem estiver no curso poderá ficar no albergue enquanto fizer as aulas”, salienta. No local, o morador terá acesso a roupa limpa, banho e alimentação.

Conforme o secretário, a maior dificuldade dos moradores de rua é a dependência química, o que torna a situação mais complicada. “Geralmente quem está na rua já está passando por uma depressão, por uma situação de complicação. Esse é o maior desafio, poder tratar essas pessoas”.

No entanto, Jocimar explica que “quem tiver a oportunidade, terá que se ajudar para se controlar”.

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De acordo com o diretor do Sine, Waldir da Silva Neto, semanalmente são divulgadas entre 800 a mil vagas. “A maior dificuldade hoje, além da pouca qualificação profissional dos candidatos, está sendo a mobilidade. Muitos não têm condições próprias e alegam não haver transporte público para se deslocarem até o emprego”, salienta.

Bruno da Silva/O Município

Ele afirma que há vagas que exigem experiência na área ou qualificação profissional. No entanto, o Sine ainda recebe pessoas que não tem o ensino fundamental concluído.

“É triste para mim gestor do Sine, onde classifico o emprego como dignidade da pessoa, ter que me deparar com notícias assim. Apesar de que, hoje há várias formas para buscar conhecimento e acabar os estudos”.

Ele também aponta que a ausência de registro na carteira de trabalho pode dificultar o candidato a conseguir o emprego.

“Há empregadores que desejam essa comprovação e, infelizmente, geralmente pessoas que vêm do Nordeste, nos informam que seus antigos empregadores não registravam”.

Qualificação profissional

O diretor diz que a prefeitura incentiva a busca pelo conhecimento e qualificação. “Recentemente vimos a parceria da prefeitura com a Ampebr. Nós do Sine, que somos um órgão da prefeitura, firmamos parcerias com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e a Fundação Cultural. O que falta agora é o cidadão disponibilizar um tempo do seu dia para estudar, esses cursos são gratuitos e com certificação”, explica.

Waldir diz que a lista de cursos da parceria entre o Sine e a Fiesc estão disponibilizados no site Santa Catarina Pela Educação, onde o interessado deve se cadastrar.

Já os interessados na parceria entre o Sine e a Fundação Cultural devem ligar para a agência, através do número (47) 3355-9763. O atendente anotará os dados e quando fechar a turma a pessoa será informada. Para participar da parceria da prefeitura com a Ampe, a pessoa precisa se cadastrar no site Programa de Capacitação.

Ele acrescenta que em julho, o Sine realizou 3273 atendimentos, sendo 1183 de forma presencial e 2090 pelo Whatsapp. Desse total, 903 pessoas foram encaminhadas para entrevista de emprego e 252 moradores deram entrada no seguro desemprego.


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