Prefeitura de Brusque fará busca ativa de gestantes para realização do pré-natal
Serviço será realizado em parceria entre as secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social
A Secretaria de Saúde de Brusque, por meio do programa Rede Cegonha, firmou uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social para realizar uma busca ativa de gestantes. A intenção é garantir que mulheres cumpram o cronograma médico do pré-natal.
A enfermeira coordenadora da Rede Cegonha, Sheila Neves, explica que a iniciativa surgiu por conta da ausência de gestantes nas consultas e exames sem justificativa. Essa falta nos procedimentos gera prejuízos tanto econômicos quanto para a saúde da mãe e do bebê.
Por isso a necessidade de contatar essas gestantes. Funcionará da seguinte forma: primeiro a Saúde fará contato telefônico. Caso não conseguir, a agente de saúde vai até o domicílio. Em último caso, um enfermeiro ou outro membro da equipe irá até a casa da mulher.
Se nenhuma destas alternativas funcionar, será acionada a equipe de Desenvolvimento Social.
Segundo Sheila, é comum que a mulher não faça o acompanhamento médico por uma série de dificuldades, sejam elas financeiras ou até por falta de conhecimento.
A enfermeira diz que essa ação conjunta com os assistentes sociais é benéfica porque estes profissionais têm o conhecimento necessário para lidar com diferentes situações.
O trabalho a ser realizado dependerá do caso. A mulher pode ter problemas financeiros, estar em situação de violência doméstica ou até mesmo ser negligente, o que demandaria atuação do Conselho Tutelar. Em alguns casos pode haver gestão de benefício ou encaminhamento para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) ou Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
Rede Cegonha
O maior objetivo da Rede Cegonha é melhorar os indicadores maternos e infantis em Brusque. Como o acompanhamento pré-natal é importante para o desenvolvimento da criança, existe uma preocupação para que as gestantes façam pelo menos seis consultas.
O grupo existe no município desde 2015 e todos os meses se reúne para discutir formas de melhorar a assistência à gestante e à criança na cidade.
Até o momento, o que a Saúde fazia era levar estes casos de ausências das gestantes ao Conselho Tutelar. No entanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que o fluxo de atendimento deve passar primeiro pela Assistência Social. A demanda foi levada até a pasta, que acolheu a ideia.
Essa cooperação entre as pastas foi formalizada e publicada no Diário Oficial para que seja um trabalho contínuo, independente da administração.