Prefeitura quer responsabilizar empresa que fez galerias que se romperam no Limeira
Estruturas não suportaram chuva e peso e asfalto cedeu; conserto deve levar semanas
Galerias localizadas na rua Luiz Bertoldi, no bairro Limeira, cederam nesta terça-feira, 10. A Secretaria de Obras abriu uma cratera de aproximadamente 8 metros na via para a avaliação. Depois do problema identificado, o prefeito Jonas Paegle e o vice-prefeito Ari Vequi concederam entrevista coletiva para falar o que será feito daqui em diante.
De acordo o vice-prefeito, que foi ao local e conversou com os engenheiros pela manhã, as galerias se romperam. “A drenagem do PAC está toda comprometida. Em vez de usar uma galeria fecha, usaram uma galeria em U”, afirmou.
As galerias foram colocadas na rua Luiz Bertoldi como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Macrodrenagem da Bacia da Limeira. Segundo publicação de 2012 no site da Prefeitura de Brusque, foram investidos R$ 4 milhões neste PAC – como um todo, não só essa rua.
Ainda conforme a publicação no site oficial, as obras foram começadas em outubro de 2013 e a empresa vencedora da licitação foi a Catedral. Todas essas informações estão sendo levantadas e compiladas.
A equipe técnica da prefeitura também está no local para avaliar quais os danos. “Ainda não sabemos quantas galerias estão comprometidas. É possível ver pelas imagens que foi uma obra muito mal feita, mal fiscalizada”, disse Vequi.
De acordo com o vice-prefeito, as fotos do problema na obra do PAC Limeira foram repassadas à Caixa Econômica, que foi a entidade financiadora do programa.
Segundo Vequi, a prefeitura estuda quais são as implicações na parte estrutural, mas também na área jurídica. A administração pretende acionar a empresa executora para que ela refaça os trabalhos, sem custos adicionais.
Vequi disse que, caso já tenha vencido a garantia da obra, a Prefeitura de Brusque poderá processar a empresa executora, sob o argumento de que a obra foi feita de forma insatisfatória e quebrou em pouco tempo.
O prefeito afirmou que a obra foi mal feita e não seguiu os padrões de qualidade, apesar de ter sido fiscalizada tanto pelo engenheiro do município quanto pelo profissional da Caixa Econômica à época.
O trabalho para a recuperação da rua levará algum tempo. “Vai demorar um tempo, talvez até o fim do ano, porque teremos que mexer até 100 metros depois. Vai ser aberto e feito o serviço, depois abre outra parte e faz o serviço e assim por diante. Para evitar acidentes, vamos fazer em etapas”, disse Paegle.