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Prefeitura de Guabiruba busca terreno para construir terminal de transporte coletivo

Obra seria primeiro passo para implantação de sistema municipal, mas Executivo não encontra local que considere adequado

A Prefeitura de Guabiruba segue em busca de um terreno na região central do município, onde pretende construir um terminal urbano e, a partir de então, implementar um sistema de transporte coletivo que integre os bairros. Trata-se de uma demanda antiga da população, tanto de trabalhadores para facilitar a locomoção quanto do empresariado local, na tentativa de impulsionar o comércio. Atualmente, estão disponíveis apenas ônibus fazem deslocamentos de Brusque a Guabiruba e vice-versa.

Conforme relata o prefeito Valmir Zirke (PP), o Executivo tenta negociar um terreno na rua atrás da prefeitura. “É interessante que seja um terreno bem próximo ao Centro. Mas não avançou, os proprietários não quiseram negociar. Não que não haja outros, mas ali estaria o terreno ideal para construirmos.”

Obter o terreno nesta localização ideal é o primeiro passo. A prefeitura tem à disposição uma área próxima à delegacia, na rua José Fischer. “É um terreno que fica quase escondido para se implantar o terminal. Na rua de trás da prefeitura seria ideal fica fácil para os ônibus que vêm de Brusque e próximo do Centro, das agências bancárias, dos mercados, do nosso comércio.”

Para o presidente da Câmara de Guabiruba, Waldemiro Dalbosco (PP), não há progressos significativos para a implementação do sistema de transporte público. Ele reforça que a reivindicação é antiga e vem se tornando mais urgente com o crescimento do município. “Sabemos que, nos orçamentos [do município], sempre faltará recursos. Precisa definir prioridades. Tratar o transporte urbano como prioridade.”

Zirke afirma que foi iniciada a elaboração do projeto do terminal, com o qual será possível buscar recursos que paguem a construção. O prefeito também considera necessário citar um valor nas leis orçamentárias para, ao menos, incluir a obra nas previsões do município. Estão previstos R$ 12 mil no orçamento de Guabiruba para 2024.

“A partir do momento em que você colocou um valor, pode ser R$ 5 mil, não tem problema. Claro que não se constrói um terminal com este valor. Mas a partir do momento em que você destina um valor, é para a gente buscar recursos para a construção do terminal. Não será com recursos próprios, tem que ser via emenda parlamentar.”

Para o coordenador do Núcleo Empresarial de Guabiruba da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Acibr), Vinícius Becker, a prefeitura faz um passo importante ao tentar encontrar um terreno viável para a construção de um terminal. Também aprova a opção de buscar emendas parlamentares.

Contudo, considera fundamental considerar não só uma diversidade de perspectivas sobre viabilidade econômica de um sistema público de transporte, mas também a possibilidade de opções além dos ônibus, como Uber, moto-táxi e outros.

“Ao longo dos anos, a falta de linhas entre os bairros do município tem sido um entrave para o desenvolvimento do comércio e da indústria local, limitando as opções de deslocamento dos trabalhadores e impactando diretamente a qualidade de vida”, lamenta Vinícius Becker.

“O planejamento não pode contemplar apenas a infraestrutura física, como o terminal urbano, mas também a implementação de novas linhas que atendam de forma eficaz às demandas da população. Deve haver a integração de tecnologias e práticas modernas de gestão no sistema de transporte público para maximizar os benefícios para todos os guabirubenses”, completa.

Passos seguintes

Simultaneamente, há discussões com organizações de empresários, como o Núcleo Empresarial de Guabiruba, da Acibr, sobre como seria possível realizar a concessão do serviço de transporte público a uma empresa.

Uma ideia é terceirizar o transporte escolar com a empresa que viesse a prestar o serviço, tentando garantir uma quantidade considerável de passageiros para viabilizar o sistema.

“Não é fazer rodar um ônibus o dia todo na rua e ninguém andar. Precisaremos fazer um trabalho para motivar as pessoas a andar de ônibus. Senão, não vai funcionar. E, com um terminal da nossa cidade, os ônibus de Brusque só viriam até o terminal”, comenta Zirke.

“Houve avanços no reconhecimento do problema e na busca por soluções viáveis. A inclusão do tema na pauta da reunião do Núcleo Empresarial e a iniciativa da prefeitura em adquirir um terreno para um possível terminal urbano indicam uma resposta mais proativa às demandas da população. (…) No entanto, é importante destacar que, apesar desses pequenos avanços, a implementação efetiva de um sistema de transporte público abrangente e eficiente é um processo complexo”, opina Becker.


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