Prefeitura de Guabiruba estuda ampliação de ciclofaixas
Mapeamento dos locais considerados adequados será entregue ao prefeito Matias Kohler
Mapeamento dos locais considerados adequados será entregue ao prefeito Matias Kohler
A Coordenadoria de Trânsito de Guabiruba (Gbtran) apresentará ao prefeito Matias Kohler neste mês um mapeamento com locais que deverão receber ciclofaixas. Atualmente, na região central da cidade há 1,2 quilômetro de espaço destinado aos ciclistas.
Os bairros do Aymoré, Guabiruba Sul, o primeiro trecho da rua Brusque, no Centro, e a rua São Pedro, foram os locais relacionados para terem ciclofaixas. O coordenador da Gbtran, Paulo Sestrem, explica que a topografia favorável, já que as vias não possuem morros, e a proximidade com a área central foram os principais fatores analisados no mapeamento.
Ele diz que é necessário adotar o modelo no município, pois com o crescimento da frota de veículos, o uso de bicicletas torna-se uma opção. Sestrem afirma que é cada vez mais comum estacionamentos de empresas e escolas estarem cheios de bikes.
A implantação das novas ciclofaixas, no entanto, depende de alguns fatores, como recursos financeiros, a necessidade de um espaço compartilhado para bicicletas e outros veículos, obras em determinados trechos, pois algumas vias ainda não têm meio fio nos dois lados da pista. Ele acrescenta também que é preciso que seja realizada uma audiência pública para escutar a população e esclarecer dúvidas. “Com isso queremos oferecer melhor qualidade de vida e de mobilidade para o guabirubense. Que possam optar por qual meio de transporte desejam utilizar”.
Sestrem diz que as ciclofaixas irão beneficiar o jovem que não tem habilitação, o idoso que não anda mais de carro, o cidadão que não quer gastar com o combustível, e além disso, as pessoas que desejam realizar uma atividade física.
Três meses de implantação
A primeira ciclofaixa de Guabiruba foi implantada em novembro do ano passado na região central. No início, alguns motoristas estacionavam o veículo no local errado, ocupando o espaço da ciclofaixa. Com o auxílio das câmeras de segurança, a Polícia Militar verificava a placa e ligava para o condutor instruindo-o a retirá-lo. Agora, depois deste período de adaptação, os casos tornaram-se raros.
O comandante da PM de Guabiruba, sargento Marciano Panca, afirma que nas primeiras semanas os condutores foram orientados sobre a proibição de estacionar na ciclofaixa e o sistema de monitoramento foi bastante utilizado. “São poucos os que não respeitam. O pessoal está usando bastante e o fluxo de ciclistas é grande nessa área. Existe o respeito do pedestre e até o momento não foi emitida nenhuma notificação de irregularidade”.
O coordenador da Gbtran analisa positivamente os três primeiros meses da ciclofaixa. Ele identificou que as pessoas conseguem dividir o espaço com outros veículos com tranquilidade. “É gratificante vermos os primeiros resultados. Há um local específico para cada modal: há lugar para carros, motos e também para ciclistas”, afirma.
A aposentada Vera Dalpiaz, 54 anos, passeia pelo Centro, realiza compras no mercado, visita lojas e cumpre com seus compromissos sobre duas rodas. O estudante Adriano Kormann, 28, pedala sozinho e com amigos pela cidade. Ambos dizem que a ciclofaixa trouxe mais segurança. “Agora ficou mais seguro, antes era muito perigoso. Tinha carro estacionado dos dois lados, vinham carros da esquerda e da direita. No início a gente se deparava com carros estacionados na ciclofaixa, mas agora é difícil”, diz Vera.