Prefeitura de Guabiruba investe cerca de R$ 200 mil no primeiro mês no comando do abastecimento de água
Gerente da Atlantis Saneamento e prefeito Matias Kohler avaliam primeiro mês do novo modelo implantado no município
Gerente da Atlantis Saneamento e prefeito Matias Kohler avaliam primeiro mês do novo modelo implantado no município
Há pouco mais de um mês, a Prefeitura de Guabiruba assumiu o serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto do município, após 43 anos de serviços da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
O trabalho, entretanto, é executado pela empresa Atlantis Saneamento, de Tubarão, contratada em caráter emergencial para atuar no município durante seis meses, até que a prefeitura defina qual modelo utilizará para prestar o serviço na cidade.
Com o controle do serviço, a prefeitura está utilizando a marca Guabiruba Saneamento que, de acordo com o prefeito Matias Kohler, foi a forma encontrada para facilitar o entendimento da população neste processo.
Neste primeiro mês, a prefeitura precisou investir em torno de R$ 200 mil com o objetivo de suprir necessidades apontadas pela Atlantis para melhorar o serviço. Um dos investimentos foi o processo de geofonamento, que consiste em um aparelho que consegue identificar vazamentos ocultos na rede. “Foram R$ 100 mil para a avaliação de 84 quilômetros de rede”, destaca Kohler.
Também está em fase de orçamento a compra de uma bomba reserva para a estação de tratamento, no valor de R$ 70 mil e a troca dos equipamentos que fazem a filtragem da estação de tratamento de Guabiruba Sul.
“É o município que faz o investimento. Eles (Atlantis) apenas operam o serviço. Sabemos que esse investimento inicial foi pra dar continuidade ao fornecimento, mas é uma solução paliativa”, diz o prefeito.
O gerente da Atlantis, Cássio Pessoa Silva, afirma que a continuidade do investimento deve gerar um ganho no serviço. “Esperamos que tenha entre 15% e 20% de ganho. Assim, você acaba gerando mais eficiência ao tratamento”.
Ele ressalta que a estrutura encontrada em Guabiruba não apresenta grandes problemas, porém, necessita de pequenos investimentos para garantir o abastecimento da cidade. “Há precariedade em alguns pontos e algumas ações específicas tem que ser implementadas a média e longo prazo”, diz.
De acordo com ele, um dos grandes desafios enfrentados pela empresa nesse período de transição é o fato de que a Casan só repassou para a prefeitura o cadastro comercial. O cadastro técnico, com a identificação das redes, não foi fornecido, o que, na visão de Silva, acaba dificultando o trabalho da empresa, principalmente no conserto de vazamentos.
“Cada vez que há um vazamento, temos que procurar onde está e, além disso, não sabemos o tamanho da rede. Podemos abrir para fazer o conserto achando que tem um diâmetro e tem outro. Isso aconteceu no domingo, por exemplo. Temos um estoque, mas é reduzido. Sem o cadastro técnico ficamos no escuro”, diz o gerente da empresa.
Objetivo é permanecer em Guabiruba
Silva afirma que o maior desafio de qualquer empresa de saneamento é manter o abastecimento frequente, com tratamento de qualidade.
“A manutenção desse sistema é o desafio. Qualquer vazamento, num sistema tão pequeno quanto esse desestabiliza. O objetivo sempre é conseguir entregar o sistema estável, com água chegando para todo mundo, dos pontos mais altos aos mais afastados”.
O gerente diz que a intenção da empresa é fazer o melhor possível para ter a chance de continuar atuando na cidade após o contrato emergencial de seis meses firmado com a prefeitura, respeitando-se os trâmites burocráticos.
“A nossa expectativa é a continuidade do serviço, mas a continuidade depende de um resultado, depende do nosso trabalho e da melhoria do serviço. O poder de decisão é da prefeitura, mas trabalhamos sempre para a continuidade”.
Para o prefeito Matias Kohler, o primeiro mês com o serviço sob nova gestão foi melhor do que o esperado. “Não houve ruptura na questão do fornecimento, e está tendo uma sensível melhora na qualidade da água, apesar de ainda ter reclamações de água suja, que sabemos que é um problema que não será solucionado em um período curto”.
Proximidade com o consumidor
Kohler diz que já dá para sentir a diferença no serviço prestado no município, principalmente na agilidade em resolver os problemas e na proximidade com o consumidor.
“As intervenções em rupturas de rede, fazem um trabalho diferenciado. A empresa entra, faz o serviço e não se percebe que foi mexido. A comunidade já está visualizando isso”, diz.
“Havendo reclamação do consumidor, de qualquer ponto da cidade, com a identificação precisa do local, em três, quatro horas, tem alguém da Atlantis para verificar o que está acontecendo, o que não acontecia antes”, completa.
Silva destaca que a empresa busca dar atenção ao consumidor, por isso, ele destaca que a empresa disponibiliza diversos canais de comunicação e que os clientes devem entrar em contato para relatar problemas na rede de água.
“Temos o nosso canal de atendimento via e-mail: [email protected]; o telefone fixo que atende em horário comercial: 3396-9035 e o telefone de plantão: 9 9178-0678”.