Prefeitura e entidades de Brusque negociam alternativa para instalação de câmeras
Equipamentos foram enviados pelo governo alemão e não se sabe quando funcionarão
Equipamentos foram enviados pelo governo alemão e não se sabe quando funcionarão
A Prefeitura de Brusque e algumas entidades se reuniram na semana passada para tratar da situação das câmeras enviadas pelo governo da Alemanha. O problema em pauta é viabilizar a instalação dos equipamentos, que estão parados.
As câmeras são equipadas com a tecnologia OCR (sigla em inglês para Reconhecimento Óptico de Caracteres). Inicialmente, o governo alemão as enviou com o objetivo de que elas ajudem no planejamento da mobilidade urbana de Brusque.
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É possível saber, por exemplo, quantos carros e motos passaram por algum ponto da cidade com essas câmeras. São equipamentos inteligentes que identificam as imagens captadas.
No entanto, as entidades e a prefeitura chegaram à conclusão que esse tipo de monitoramento ajuda também na segurança pública, porque elas identificam placas de veículos.
A instalação de câmeras OCR é uma tendência. Diversas cidades e estados contam com esse sistema. O Mato Grosso, por exemplo, anunciou nesta semana a aquisição de mais 88 pontos desse tipo.
As entidades e a prefeitura querem aproveitar as 20 câmeras com esse propósito em Brusque e ceder as imagens para as polícias. Mas esbarram em um obstáculo: a instalação.
No acordo firmado entre a prefeitura e os alemães, já estava previsto que os europeus enviariam os aparelhos e Brusque apenas os instalaria e faria a manutenção. O problema é que a prefeitura busca ajuda para bancar o sistema e agilizar a operação.
O vice-prefeito Ari Vequi diz que o principal entrave é a burocracia. Se a prefeitura for implantá-las, terá de fazer um mapeamento dos pontos, projeto, ter cabeamento de fibra óptica e toda a infraestrutura. Depois terá de licitar para que uma empresa execute o serviço.
Essa situação foi debatida com a Associação Empresarial de Brusque (Acibr) e outras entidades envolvidas no projeto. O vice-prefeito afirma que a ideia é que as entidades paguem a instalação. “O mais caro é a manutenção, que a prefeitura fará”, declara.
Análise
O presidente da Acibr, Halisson Habitzreuter, diz que a reunião foi início de uma conversa. “É uma conversa inicial, mas ainda não temos definido o modus operandi”. As diferentes partes envolvidas devem avaliar nos próximos dias o que fazer e um novo encontro será marcado.
Habitzreuter diz que a reunião foi agendada porque as entidades souberam que a câmeras já chegaram e estão sem uso. Ele afirma que o videomonitoramento é importante na segurança pública.
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Cooperativa
O vice-prefeito Ari Vequi solicitou que a prefeitura faça uma análise jurídica se é possível que o poder público municipal tenha um convênio com a Uniciti – cooperativa criada pelo Núcleo de Tecnologia da Informação da Acibr.
Uma possibilidade é que a prefeitura firme uma parceria com a cooperativa, que ficaria encarregada da manutenção e operacionalização do sistema de câmeras. Entretanto, esse passo depende de acordo com o empresariado e da disponibilidade financeira.
Halisson Habitzreuter afirma que outra ideia da cooperativa é promover uma campanha na qual uma pessoa ou empresa alugue uma câmera OCR. Esse projeto é próprio da Uniciti e não usa os mesmos equipamentos da Alemanha.