Prefeitura estuda construir quatro novas pontes em Brusque; saiba os possíveis locais

Além disso, obra de prolongamento da Beira Rio também é analisada pelo poder público

Prefeitura estuda construir quatro novas pontes em Brusque; saiba os possíveis locais

Além disso, obra de prolongamento da Beira Rio também é analisada pelo poder público

A Prefeitura de Brusque estuda construir quatro novas pontes na cidade. As obras constam no projeto Brusque 2030, que ainda não foi finalizado e pode passar por alterações.

O objetivo da administração municipal é encurtar a distância, além de trazer mais desenvolvimento para Brusque. Conforme o projeto, a intenção é construir novas pontes nos bairros Centro, Santa Terezinha, Dom Joaquim e Cristalina.

No projeto de infraestrutura, também consta a criação do anel viário no bairro Limeira, conforme informado anteriormente pelo jornal O Município. A estimativa é de que a obra custe R$ 18 milhões.

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Ponte do Centro

O prefeito Ari Vequi diz que a intenção é iniciar as obras que já foram aprovadas, como a do Centro.

Segundo ele, no dia 30 de julho foi aprovada a primeira etapa da licitação para drenagem na avenida Arno Carlos Gracher, a Beira Rio, margem esquerda, até próximo a rua João Bauer, no Centro. A obra está estimada em R$ 5 milhões.

“Começaremos com a drenagem dessa via, repavimentação de toda a rua João Bauer e atrás da Galeria Jaçanã. Em seguida terá o recurso de R$ 40 milhões, que já aprovamos na Câmara de Vereadores, R$ 25 milhões serão para ponte do Centro, que terá 120 metros de comprimento, que ligará na antiga Auto Eletro Bateria, na região da família Hoffmann, ao Centro da cidade. Criaremos um novo acesso ao Centro”, diz.

O prefeito espera que a Caixa Econômica Federal libere o recurso até setembro para iniciar as obras. Ari afirma que a obra será realizada pelo Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). “Esperamos conseguir executar ainda esse ano para fazer o processo licitatório”.

Ponte Santa Terezinha

Ari explica que no momento a administração procura um local para construir a ponte. “Envolve desapropriação, questões legais quanto ao acesso pela rodovia Ivo Silveira, que está em processo de duplicação. Queremos ligar os dois elevados da Fischer, ou pelo menos um, a rodovia Ivo Silveira para que isso sirva de anel viário para que possamos ligar uma rodovia a outra”.

O prefeito afirma que são realizadas discussões com vários proprietários para encontrar a melhor forma de viabilizar a obra, além de tentar uma negociação amigável. “Teríamos a facilidade de fazer onde caiu a ponte de arame, onde infelizmente vitimou um jovem, mas do lado da rodovia Ivo Silveira é uma rua de apenas seis metros”, diz.

Ele explica que já se reuniu com o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, além de encontrar empresários da região, para debater o assunto. “Se abre a possibilidade de fazermos concessão. Alguns empresários informaram que o terreno está à disposição. Estamos buscando colocar essa ponte no local ideal, desde que a Câmara de Vereadores nos apoie”, diz.

Ari explica que com a obra será possível desviar os caminhões pesados que usam a ponte João Libério Benvenutti, próximo ao Santos Dumont, para irem para as rodovias Ivo Silveira ou Antônio Heil, além de desafogar o trânsito próximo à rotatória da Aradefe.

Ponte da Cristalina

No projeto da Cristalina, o prefeito afirma que a obra não depende apenas de Brusque, mas do interesse de Guabiruba. “Se falarmos em uma ponte de R$ 8 milhões ou R$ 9 milhões, nós hoje teremos condições de colocar, mas é um valor que é nosso. Eu já falei com o prefeito Zirke [sobre o assunto]”.

Ari explica que uma tinturaria que se instalaria em Brusque foi para Guabiruba devido a uma lei municipal. No entanto, os moradores de Brusque trabalham lá.

“Cada vez mais há pedidos para construirmos aquela ponte que hoje talvez sirva mais para Guabiruba do que a Brusque. Eu digo que o emprego nós vamos gerar para região, mas a receita não ficou conosco, agora a escola, o posto de saúde, a infraestrutura ficou para Brusque”.

Segundo o prefeito, o projeto dessa ponte seria elaborado a longo prazo e precisaria ser trabalhado com Guabiruba para atender as necessidades da região.

“A ideia de construir uma ponte da Cristalina é que nós tiramos os veículos de Botuverá ligando para Guabiruba, sem passar pelo Dom Joaquim. Hoje, eles usam a ponte do Rio Branco”, salienta.

Nova ponte do Centro foi anunciado em junho deste ano e consta no projeto Brusque 2030 / Foto: Bárbara Sales/Arquivo O Município

Ponte Dom Joaquim

A ponte do Dom Joaquim está estimada em R$ 10 milhões, conforme o prefeito. O prolongamento da Beira Rio começará a partir da obra da ponte quando estiver pronta.

A obra deve começar perto da rua Beira Rio que vem de Botuverá.

“Quem vem pela rodovia Pedro Merizio, ela está à esquerda, não precisa passar por dentro do bairro Dom Joaquim, em frente ao hospital e igreja. Essa rua já dá acesso a essa nova ponte que queremos fazer ali no bairro. Ela será um pouco mais a frente daquela que liga o Dom Joaquim ao Rio Branco”.

Prolongamento da Beira Rio

O prefeito explica que se estuda prolongar a Beira Rio pelos bairros Jardim Maluche, Rio Branco e Dom Joaquim.

“A primeira etapa levará por trás do IFC, saindo na Beira Rio, ligando o Jardim Maluche ao rio Branco ou Guarani. Também poderá servir de novo acesso a Guabiruba, levando pela estrada da Varginha”.

“Faremos a primeira etapa com R$ 15 milhões, no qual a ponte é R$ 10 milhões ligando a Beira Rio onde é a Ponte do Maluche hoje, até a tinturaria Hort. Daí já continuaria a Beira Rio na margem esquerda, pois estamos indo pela margem direita atrás do IFC. Quando passarmos o bairro Jardim Maluche nós entraremos para margem esquerda com a ponte e continuaremos pelo Rio Branco em direção a Tecelagem Atlântica onde retornaremos de novo para margem direita”, pontua.

Segundo ele, o recurso para obra de prolongamento, que deve custar cerca de R$ 25 milhões, conforme estimativa, já está garantido pela Caixa. No entanto, ele depende da aprovação do Banco Central e demais burocracias. A obra também deve ser financiada pelo Finisa.

O prefeito também comenta sobre o trecho dois do prolongamento da Beira Rio que deve ser feito próximo a Tecelagem Atlântica. “Colocaremos nesse projeto de mobilidade do Brusque 2030, que envolve saneamento, água, mobilidade, infraestrutura, saúde e educação. Uma série de questões do que queremos para Brusque no futuro e como fazer isso, onde buscar dinheiro”, salienta.

Busca por recursos

Ari diz que se o projeto Brusque 2030 for aprovado pela Câmara de Vereadores, a prefeitura irá aos meios para conseguir a verba para viabilizar as obras.

“Temos que mostrar como fazer e buscar a garantia e o recurso. Pois um projeto de dez anos, nós não sabemos quem será o próximo prefeito. Por isso precisamos ter ele aprovado na Câmara, garantir o recurso e automaticamente isso acontecerá”, pontua.

O prefeito comenta que além dos financiamentos com a Caixa, a administração estuda proposta do banco internacional. “Os valores nós discutiremos com a Câmara, e se for atrativo para Brusque, e é, pois os juros são baixos na ordem de 2% ao ano, aprovando pelo menos a intenção, nós continuaremos o processo. Não faremos nada sem ter o aval da Câmara de Vereadores”.

Segundo o prefeito, hoje Brusque é classificada como A+ no governo federal e órgão financiadores, como Fonplata e Bird. “Nós temos a condição de pegar até 57 milhões de dólares e estamos pensando na faixa de 30 milhões de dólares. Tendo o aval do governo federal, levaremos à Câmara de Vereadores para avaliar e após a aprovação começaremos a discussão do projeto”.

Ele elenca que diversos municípios do estado estão indo ou já foram atrás de financiamentos internacionais como Blumenau, Itajaí, Chapecó e Florianópolis para executar obras.

“Nós seríamos um dos cinco municípios catarinenses a poder pegar esses recursos para executar essas obras durante um período que eu acredito ser de cinco anos de construção e 15 anos de pagamento. Nós teríamos uns dois anos de processo”.

Ele afirma que o trâmite não ocorrerá do dia para noite devido toda a burocracia que envolve.

“Seria um projeto para iniciarmos no final de 2022 ou início de 2023, e aí teríamos cinco anos para execução da obra com carência do período, passaríamos a fazer o pagamento a partir de 2027. Mas isso tem a contrapartida de 20% e uma série de outras ações que nós devemos estar em ordem para poder cumprir esse requisito que o governo federal vai exigir”, finaliza.


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