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Prefeitura inicia centralização de esculturas espalhadas por Brusque

Medida engloba peças isoladas, danificadas e instaladas em pontos distantes do Centro

A proposta de transferência das esculturas espalhadas pela cidade, feita no início do mês, começa a ser colocada em prática pela Prefeitura de Brusque. Onze delas foram removidas e armazenadas no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof até uma definição. Elas devem ser reposicionadas entre o local e o parque das Esculturas.

Uma das dificuldades indicadas pelo diretor de Turismo, Norberto Maestri, o Kito, são os custos para a remoção e instalação das estruturas. Ainda não há uma estimativa de quanto será necessário para a transferência das obras de arte.

Mesmo com as dificuldades, ele afirma que a transferência é prioridade. O assunto, inclusive, foi discutido durante reunião do vice-prefeito Ari Vequi com o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, em abril deste ano.

A tendência, segundo Kito, é que novas remoções sejam feitas ao longo do ano. Esculturas localizadas em pontos distantes do Centro, isoladas ou em locais de difícil acesso e sem sinalização são as que mais preocupam. “Os vândalos estão destruindo, não podemos largar obras de arte em qualquer lugar.”

Avaliação em andamento
Com históricos de casos de vandalismo, um levantamento sobre a condição de cada uma está sendo desenvolvido pela secretaria. A escultura que ficava na entrada do Residencial Jardim Sesquicentenário, no bairro Limeira, está entre as que foram removidas.

No caso dela, de acordo com o diretor, a própria população do entorno solicitou a retirada, como forma de evitar vandalismo. No município, as obras já foram alvo de pichações e fogo, e duas foram danificadas por pedras.

Mesmo a limpeza das peças é dificultada com o espaçamento dos locais. As obras nunca tiveram um cronograma de limpeza específico. O processo chega a exigir um dia de trabalho, devido à necessidade de cuidados com pressão da água e de produtos químicos.

Segundo Kito, a preocupação também se justifica pelo reconhecimento da cidade entre os visitantes e com a classe artística. “Elas estão abandonadas, é um desperdício para nós, temos estas obras maravilhosas em lugares onde não há acesso e não há visualização.”

A intenção do diretor é posicionar as esculturas para formação de um caminho turístico entre o pavilhão e o parque das Esculturas, com iluminação adequada. De acordo com ele, a medida deve estimular a visitação e facilitar o acesso às obras.

O parque
Inaugurado em 2014, o parque das Esculturas abriga 40 peças de mármore. Artistas como Oscar Niemeyer, Francisco Brennand e Amilcar de Castro assinam trabalhos expostos no local. Países como Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Turquia, República Tcheca, Irlanda, Áustria, Líbano, Israel, China, Estados Unidos, Canadá e Argentina têm representantes no espaço. Por mês, uma média de 1 mil pessoas passam pelo espaço, com picos de 5 mil ao longo do ano.