Prefeitura muda projeto do contorno urbano de Gaspar

Novo traçado, mais barato, deve desafogar trânsito no município vizinho a Brusque

Prefeitura muda projeto do contorno urbano de Gaspar

Novo traçado, mais barato, deve desafogar trânsito no município vizinho a Brusque

A Prefeitura de Gaspar modificou o projeto do Contorno Urbano do município para reduzir os custos e torná-lo viável financeiramente. O projeto, orçado em R$ 60 milhões, já foi apresentado ao governador Raimundo Colombo e ao presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Silvio Dreveck.

Esse projeto do Contorno Urbano impacta diretamente na vida de muitos brusquenses que passam pelo município para ir a Blumenau, Indaial e Alto Vale. O projeto do Contorno Urbano não chega a ser totalmente novo. Ele utiliza uma parte do antigo contorno viário, planejado e comentado por várias gestões no município, mas que nunca saiu do papel.

O secretário de Planejamento Urbano de Gaspar, Alexandre Gevaerd, explica que esse novo projeto custa R$ 60 milhões e é dividido em 10 trechos. O anterior, mais robusto e com maior extensão, custaria R$ 300 milhões.

A crise financeira do país e a baixa capacidade de financiamento da Prefeitura de Gaspar  e do governo estadual fez com que o projeto fosse revisto. Segundo Gevaerd, que já trabalhou em Brusque, o contorno ainda contará com vias expressas e algumas duplicações, mas também usará parte da estrutura já existente.

“Começamos a trabalhar, em dezembro, numa concepção mais urbana. Diminuímos a extensão desse anel, mas aproveitamos alguns trechos, mas abrindo vários novos trechos”, diz o secretário de Planejamento Urbano.

Em amarelo: o traçado do anel viário antigo, de R$ 300 milhões
Em verde: o traçado do novo contorno urbano, de R$ 60 milhões
Em vermelho: vias já existentes

O projeto tem extensão de cerca de 18 quilômetros. Ele deve interligar vários bairros de Gaspar, assim as pessoas poderão se locomover sem passar pelo Centro, que ficará livre para ser um corredor de serviços.

O projeto prevê 10 trechos, mas, segundo Gevaerd, com apenas três já será possível notar a diferença no trânsito. Esses três – totalizando 6 km – devem fazer parte da primeira etapa da obra, ao custo de R$ 40 milhões.

Um dos primeiros trechos a serem preparados para o contorno urbano começa na reta da Plasvale, para quem vai no sentido de Brusque a Gaspar. Os demais devem passar pelos bairros Águas Negras, Figueiras, Coloninha e Gaspar Grande, entre outros.

O projeto ainda não tem previsão de execução. Segundo o secretário de Planejamento Urbano de Gaspar, a prefeitura sozinha não tem como bancar o projeto, ainda que ele seja bem mais barato que o anterior. Por isso, a administração procurou o apoio do governador, que solicitou a divisão da obra em trechos, para melhor viabilização.

O presidente da Alesc também recebeu o documento durante visita feita à região na semana passada.


Obra impacta diretamente Brusque

Gaspar, hoje, é um gargalo para quem passa pelo corredor Itajaí-Brusque-Blumenau, muito usado por transportadoras, indústrias, confecções e outros comércios. Estudantes brusquenses também passam por ali para ir à universidade em Blumenau.

O secretário de Planejamento Urbano de Gaspar, Alexandre Gevaerd, também é professor na Furb. “Os alunos que vêm de Brusque chegam, pelo menos, 15 minutos atrasados à aula”, diz.

A lentidão e os engarrafamentos em Gaspar custam tempo e dinheiro para Luiz Smaniotto, proprietário da TSL Transportes, de Brusque. A frota dele passa constantemente pela cidade para ir a Blumenau e Indaial.

“É um transtorno constante”, afirma o empresário. Ele explica que, no ramo de fretes, mais tempo na estrada significa mais custo ao cliente, porque são gastos mais óleo e combustível.

Os motoristas também não conseguem fazer tantas entregues, causando atrasos e encarecimento do serviço. “Em logística, quanto mais demora, mais encarece tudo”, afirma Smaniotto.

Cobrança
O presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Halisson Habitzreuter, diz que a melhoria da infraestrutura é uma pauta constante da entidade e também é debatido com outras associações da região.

“É um investimento na economia. Precisamos dessa obra, assim como de várias outras”, afirma Habitzreuter.

 

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