Prefeitura pode economizar mais de R$ 500 mil se trocar linha de crédito de empréstimo, diz vereador
Vereadores aprovaram projeto para compra de máquinas e softwares pelo Banco do Brasil, no valor de quase R$ 5 milhões
O vereador Marcos Deichmann (Patriotas) trouxe à discussão o projeto aprovado em segunda votação na sessão anterior, que autorizou a Prefeitura de Brusque a fazer um empréstimo de quase R$ 5 milhões com o Banco do Brasil para a compra de máquinas e softwares.
Quando da votação do projeto, Deichmann pediu vistas com o objetivo de verificar se outras instituições financeiras teriam taxas menores que as do Banco do Brasil para a aquisição do maquinário, visando economia aos cofres públicos. O pedido de vista foi rejeitado pela maioria e o projeto aprovado.
Entretanto, o vereador recebeu resposta do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que apresenta uma linha de crédito igual a do Banco do Brasil, mas com uma taxa menor.
“Usamos o mesmo cálculo feito pelo Banco do Brasil utilizando a taxa do BNDES e vimos uma diferença. A prefeitura poderia economizar R$ 563 mil, pouco mais de meio milhão. É um valor significativo, ainda mais para a prefeitura que está em falta de recursos”, diz.
O vereador ressalta que no projeto enviado a Câmara não constava o levantamento de valores dos maquinários e nem mesmo orçamentos de outras instituições financeiras, apenas o do Banco do Brasil e, mesmo assim, o empréstimo foi autorizado.
“O projeto já foi aprovado, mas não foi feito o financiamento ainda. Fica o alerta para que o Executivo possa pensar antes, se não é viável fazer uma nova abertura de linha de crédito com o BNDES, para que o município tenha essa economia de mais de R$ 500 mil”.
O líder do governo na Câmara, Alessandro Simas (PSD), diz que o objetivo do governo não é pagar mais quando se tem possibilidade de pagar menos, porém, os softwares que serão adquiridos são internacionais, específicos para engenharia, e segundo ele, o BNDES só abre crédito para aquisição de softwares nacionais.
“Já entrei em contato com o DGI e, se for possível comprar o maquinário separado dos softwares, fazendo o financiamento com o BNDES para as máquinas e com o Banco do Brasil para os softwares, vamos fazer. Só precisaremos do apoio dos vereadores para aprovar as alterações no projeto de lei”.