Prefeitura registra aumento de casos de dengue, em Brusque; confira boletim completo
Ao todo, são 26 pessoas com a doença, sendo que 12 delas contraíram dentro do município
Ao todo, são 26 pessoas com a doença, sendo que 12 delas contraíram dentro do município
O município de Brusque registra, até o momento, 26 casos confirmados de dengue entre 67 suspeitos. Há ainda cinco aguardando resultados, enquanto os demais 36 já foram descartados.
Segundo os dados do Programa de Endemias da Secretaria da Saúde, dos casos identificados, 12 são autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município. No total, são seis casos a mais do que foi divulgado no último boletim, no final de abril.
Em 2019, no mesmo período, eram 37 suspeitos e oito confirmados, destaca a coordenadora do programa, Letícia Figueredo. “Todos os casos eram importados. Este ano tivemos um aumento de 70% no número de suspeitos”, afirma.
Os 12 casos confirmados estão concentrados nos bairros Steffen, São Pedro, Limeira, Santa Terezinha, Santa Rita, São Luiz e Maluche. Uma pessoa chegou a ser internada recentemente no Hospital Imigrantes, mas já recebeu alta e está em casa.
Letícia comenta que, hoje, o município possui dois bairros infestados, “o Santa Terezinha e Nova Brasilia, já o Santa Rita está com risco de infestação”. Foram identificados 596 focos do Aedes Aegypti em 22 bairros de Brusque até esse momento. O aumento é de 115% comparado ao mesmo período de 2019, quando foram identificados 277 focos.
Além das atividades de rotina do Agentes de Endemias, que são a inspeção das armadilhas diariamente, vistoria nos Pontos Estratégico (Ferro-velhos, borracharias, cemitérios, floriculturas entre outros…), Letícia comenta que há vistoria da equipe de tratamento nos locais com focos positivos, investigação de denúncias e estão sendo realizados mutirões de limpeza em localidades mais afetadas.
“Fazemos a utilização do Drone para identificarmos locais de difícil acesso ou com pouca visualização”, explica.
A profissional reforça que, devido os casos confirmados autóctones, o Programa de Endemias iniciou a aplicação do adulticida Malathion no raio de 150 metros em torno do caso fonte, o mesmo atinge o mosquito alado (fase adulta). “Após entrar em contato com o produto, o mosquito morre”.
A coordenadora do Programa de Endemias observa que, devido à pandemia do coronavírus, muitas pessoas permanecem em casa. Mesmo assim, ao realizar as visitas, a equipe encontra inúmeros recipientes que são criadouros do mosquito. “Lamentamos muito encontrar essas situações e ainda por perceber pessoas resistentes a colaborar e fazer a sua parte. As ações não devem ser vistas de forma individual e centradas no poder público, pois é fundamental que o cidadão faça a sua parte”, ressalta.
Letícia comenta que na última semana foi divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) o Levantamento de Índices do Aedes Aegypti (LIRAa) referente ao mês de abril. Esse índice mostra o risco de infestação dentro do município.
Embora o índice de Brusque tenha ficado abaixo de 0,9, ou seja, risco baixo de transmissão e infestação da dengue e demais doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, ela ressalta que o município não está numa situação confortável.
“A situação em relação aos focos positivos é bastante preocupante. Nas vistorias realizadas durante o Lira foram identificados 3744 recipientes. Destes, a maioria com depósitos de classe B e D2, lixos em geral, como plástico, latas, sucatas, entulho, bombona de água, vazo de planta, entre outros”, finaliza.