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Prefeitura se manifesta sobre denúncia de irregularidades na UPA 24 horas

Vereador Paulo Sestrem afirma que consta que o pronto atendimento está em funcionamento, e na verdade não está

O vereador Paulo Sestrem (Patriota) publicou em suas redes sociais no domingo, 19, um vídeo com denúncia sobre suposta irregularidade na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brusque.

No vídeo, o vereador afirma que recebeu denúncia de que consta no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) que o pronto atendimento do bairro Santa Terezinha está em funcionamento. Porém, o prédio, que está em construção desde a gestão de Paulo Eccel (PT), ainda não foi inaugurado.

 

Nas imagens publicadas nas redes sociais, Sestrem entra no sistema Cnes e confirma a inscrição de um pronto atendimento municipal, localizado na rua Vendelino Maffezzolli, no bairro Santa Terezinha, mesmo endereço do prédio que está em obras e onde inicialmente seria a UPA 24 horas.

Ainda de acordo com o sistema, a unidade de saúde estaria funcionando de segunda a sábado, das 8h às 22h, com três profissionais cadastrados: uma gerente de serviços de saúde, uma enfermeira e uma médica pediatra.

Depois, o vereador aparece em frente ao prédio, mostrando que o local, de fato, não está em funcionamento.

“Viemos constatar o que a denúncia nos falou, de que tinha funcionários lotados aqui e está funcionando das 8h às 22h. A gente viu que o prédio está fechado, que não tem funcionário. Isso é uma situação grave, foi registrado no sistema em setembro de 2019 e, como vereador, vou levar essa situação para frente, vamos levar para a Comissão de Saúde da Câmara”, diz.

O que diz a prefeitura

Procurado por O Município, o secretário de Saúde Humberto Fornari diz que o cadastro do pronto-atendimento, mesmo sem estar em funcionamento, é um procedimento normal dentro da pasta a pedido do próprio Ministério da Saúde.

“Não cheguei a ver o vídeo, mas esses procedimentos são exigências a nível ministerial. Para que haja o credenciamento e a aprovação do ministério sobre qualquer serviço novo, é necessário esse procedimento”, diz.

Fornari diz que a secretária também tem cadastrada no Cnes, dentro do programa Saúde na Hora, a unidade de saúde do Limeira, porém, isso não significa que o programa já está funcionando no local.

“O ministério solicita o Cnes da unidade que estamos pretendendo implantar. Isso não quer dizer que está implantado. Com o cadastro, o ministério faz as averiguações e a partir daí autoriza ou não a abertura do novo serviço. De forma alguma estamos recebendo qualquer recurso em nome do pronto-atendimento. Acredito que houve um erro de interpretação por parte do vereador”.