Prefeituras estudam abertura de novo acesso entre Brusque e Guabiruba
Principal alternativa, neste momento, seria uma ligação por dentro do bairro Rio Branco
Está em estudo a criação de um novo acesso de Brusque para Guabiruba. Os setores de planejamento e engenharia das duas prefeituras analisam algumas ideias que foram sugeridas durante reunião com o Núcleo de Empresários de Guabiruba, da Associação Empresarial de Brusque (Acibr).
Por enquanto, todas as propostas são somente ideias, mas a considerada mais viável é a ligação por dentro da localidade da Varginha, no bairro Rio Branco. Ela seria possível porque a prefeitura pretende prolongar a avenida Bepe Roza, a Beira Rio, até a altura de Dom Joaquim.
O rio fica bem próximo da rua Ernesto Bianchini, quase na empresa Irmãos Hort. A olho nu se percebe a proximidade.
Nesse cenário, o maior custo por parte do município de Brusque seria a construção da ponte que ligaria a futura via a Beira Rio com a Ernesto Bianchini. Depois, também seria necessário realizar obras de melhorias por dentro do bairro e ligar a Varginha com a rua Evaldo Fischer, já em Guabiruba.
Do lado de Guabiruba, a prefeitura teria de melhorar as ruas Evaldo Fischer e Nicolau Schaefer, que receberia todo o fluxo de veículos que sairiam no bairro Guabiruba Sul.
A segunda opção em estudo é usar uma ideia antiga, da época da gestão Paulo Eccel, e ligar a rua Axel Krieger, no São Leopoldo, com a rua Antônio Fischer, já em Guabiruba.
Entretanto, essa opção perde força porque a rua São Leopoldo já é estreita, por isso faltaria infraestrutura para receber um grande fluxo de veículos.
A terceira opção é remota, pois já foi tentada na década passada pelo ex-prefeito Ciro Roza: a ligação através da área de mata que existe do Guarani em direção ao Imigrantes, em Guabiruba.
Estudos
O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, afirma que o Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) estudará qual é a melhor alternativa tecnicamente. Mas de antemão ele afirma que a opção mais viável parece ser a ligação pela Varginha, até porque a prefeitura quer dar continuidade à Beira Rio até Dom Joaquim.
O prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, afirma que a Secretaria de Planejamento também estuda qual é a melhor opção do ponto de vista do município. Ele opina que a alternativa pelo bairro São Leopoldo parece ser mais complexa porque a rua geral é mais precária.
Necessidade
O coordenador do Núcleo Empresarial de Guabiruba, Maico Tomasi, diz que um novo acesso é uma ideia que foi levantada para que daqui alguns anos o problema seja solucionado, já tendo em vista a demora comum no poder público.
“São hipóteses que estão sendo discutidas, mas não tem nada certo”, afirma Tomasi. A necessidade de um novo acesso é algo sentido pelos condutores que vão de um município ao outro diariamente e também pelo setor produtivo, que vê seu custo subir devido à demora dos caminhões e funcionários nas estradas.
Projeto da cidade alta foi embargado em 2006
Nos anos 2000, Ciro Roza tinha a intenção de ligar Brusque a Guabiruba através da área de mata que existe entre o bairro Guarani e a cidade vizinha. Conforme informou o jornal O Município em agosto de 2006, o custo estimado da obra era de R$ 7 milhões e o tempo de execução estava estimado em dois anos.
Segundo a prefeitura na época, a nova estrada teria quatro quilômetros de extensão, com início na rua Antônio Fischer (transversal da rua Brusque), próximo à NCA Malhas, em Guabiruba, e seu acesso por Brusque seria através da avenida Cyro Gevaerd, próximo à “ponte do Maluche”.
No dia 15 de agosto daquele ano, Antônio Carlos Weidgenant, o Gargamel, apresentou um pedido de liminar e conseguiu embargar a obra.
O juiz da Vara Cível na época, Carlos Alberto Civinski, acolheu o pedido de Gargamel porque entendeu que a obra carecia de licenças ambientais, além de outras irregularidades.
Segundo Gargamel, ele transferiu a ação que tramitava na Justiça estadual para Justiça Federal. Ainda conforme ele, até hoje a obra está embargada.