Prefeituras pedem recursos para reparar danos da cheia

Relatórios de prejuízos será encaminhado nesta semana aos governos federal e estadual pelas Defesas Civis

Prefeituras pedem recursos para reparar danos da cheia

Relatórios de prejuízos será encaminhado nesta semana aos governos federal e estadual pelas Defesas Civis

1As Defesas Civis de Brusque e Botuverá devem enviar, até o fim desta semana, os relatórios de ocorrências relacionadas às cheias, para a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), em Brasília. O objetivo do envio destes relatórios é conseguir recursos federais para reparo dos prejuízos ocasionados pela cheia no rio Itajaí-Mirim, na semana passada.

Os prefeitos de Brusque e Botuverá decretaram, na última quinta-feira, 22, situação de emergência nos municípios, após uma decisão em conjunto com a Defesas Civis estadual e nacional. Naquele dia, o auge da cheia, Brusque registrou dez pessoas afetadas; e Botuverá 48.

O decreto de Brusque, por exemplo, levou em consideração parecer da coordenadoria de Defesa Civil do município, relatando a ocorrência de deslizamentos, inundações, alagamentos e chuvas intensas, o que indica um desastre classificado como nível I, os de média intensidade.

A instrução normativa do Ministério da Integração Nacional, que trata do tema, classifica como desastre de nível I aqueles em que os danos e prejuízos são suportáveis e superáveis pelos governos locais e a situação de normalidade pode ser restabelecida com o aporte de recursos estaduais e federais.

A diretora da Defesa Civil em Brusque, Renate Klein, afirma que assim que a Sedec receber os dados, irá reconhecer a situação de emergência do município e homologará o documento. Segundo ela, a liberação de recursos para reparos dependerá exclusivamente do órgão federal.
“Foram muitas cidades atingidas no estado. Acredito que vai demorar, talvez o prazo ultrapasse o fim do ano. Mas a nossa parte está sendo feita”, afirma Renate.

A Defesa aguarda, para enviar o relatório, informações das secretarias de Educação, Obras, Habitação e Assistência Social; Celesc e Samae. Renate explica que cada um deles está contabilizando seus danos, por isso, ainda não pode informar o valor estimado dos prejuízos causados pela cheia no município.

Em Botuverá, prejuízos somam mais de R$ 600 mil / Foto: Divulgação
Em Botuverá, prejuízos somam mais de R$ 600 mil / Foto: Divulgação

Botuverá já contabilizou os prejuízos. Segundo Maiara Colombi, coordenadora da Defesa Civil do município, os estragos causados pela cheia custarão aos cofres públicos R$ 611,6 mil. “Estamos terminando a documentação para enviar ao estado”, afirma.

A homologação e reconhecimento da situação de emergência dos municípios pela Sedec é o passo inicial para que eles “entrem na fila” de pagamentos, já que há outros municípios que fizeram o trâmite antes.

A diretora da procuradoria geral do município, Sônia Crespi, explica que tanto a homologação quanto o decreto de liberação de recursos serão informados nos diários oficiais do estado e da União, mas não há como estimar as datas em que isso acontecerá.

A situação de emergência

Pela legislação federal, o município pode decretar situação de emergência quando há alteração grave nas condições de normalidade, em razão de desastres naturais, quando comprometem parcialmente sua capacidade de resposta aos problemas. Isso é diferente do estado de calamidade pública, que é quando o gestor perde totalmente o controle sobre os danos causados pelos desastres.

Os municípios, para serem ajudados, precisam obter o reconhecimento federal de sua situação de emergência, enviando relatórios sobre os danos causados em até dez dias após a ocorrência do desastre.

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Uma centena de ruas afetadas

A Prefeitura de Brusque informou ontem que mais de 110 ruas atingidas pela cheia foram mapeadas pelos encarregados da Secretaria de Obras nesta semana. Além dos pontos, ruas e bairros, os servidores também relacionaram a quantidade de material necessário para os reparos.

Dentre os trabalhos emergenciais estão os de conserto e reconstrução de pontilhões, manutenção com concreto e lajota, limpeza, retirada de barreiras, desassoreamento de valas, proteção com pedras detonadas, consertos e desobstruções de tubulação.

As equipes já executam os serviços desde a quinta-feira, 22, dando suporte à Defesa Civil. O objetivo é identificar os locais mais afetados e priorizar os reparos.

A pasta também aguarda o relatório da Defesa Civil, para complementar o levantamento feito previamente. No município, 25 bairros têm ruas que precisam de reparos (mais informações na tabela).

 

 

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