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Prefere concede 6% de reajuste e servidores municipais encerram greve

Novas negociações só devem ocorrer em março de 2015

Em reunião realizada na tarde de quarta-feira, 26 de março, prefeitura e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque (Sinseb) chegaram a um acordo. O executivo aumentou a proposta de reajuste de 5,38% para 6%, percentual que foi aceito pelo sindicato e aprovado em assembleia pelos servidores. Com isso, a greve do funcionalismo público está encerrada. Novas negociações só devem ocorrer em março de 2015.

“É uma honra ser presidente deste sindicato”, disse Orlando Soares Filho, na abertura da assembleia. Quase sem voz, depois de vários dias de assembleias e manifestações, ele passou a palavra ao assessor econômico do Sinseb, João Batista de Medeiros. “Não foi uma grande conquista, mas conseguimos uma básica, que foi a união da categoria”, disse Medeiros.
Ele apresentou aos servidores a proposta que foi acertada com a prefeitura. O acordo, depois de oito rodadas de negociações, foi proporcionar aos funcionários aumento real de 6% no salário. “Dentro do que analisamos do comprometimento fiscal que o município teria, com esse reajuste seria de 46%”, explicou.
Além disso, ficou acordado o aumento de 135% do valor do vale alimentação do funcionalismo. A proposta anterior era de reajustar este benefício em 100%. “Desde 2009 estamos com essa cláusula na pauta de reivindicações”, ponderou Medeiros.
Houve avanços específicos nos benefícios para algumas categorias. Motoristas, operadores de máquinas e mecânicos receberão gratificação para equiparar seus salários aos dos novos concursados que serão contratados. “Esses colegas, que um dia abandonaram a assembleia, tem que saber que essa é uma conquista do movimento”, disse o assessor econômico.
Não haverá desconto
Além disso, a prefeitura aceitou reajustar o vale transporte para quem não reside em Brusque. O valor pago a cada funcionário que se encaixe nesta categoria passará de R$ 200 para R$ 240. “Deixamos em aberto a discussão para uma proposta de pagamento do auxílio transporte por quilometro de distancia da casa do servidor até o local de trabalho”, afirma Medeiros.
Os grevistas não terão descontados do salário os dias em que não foram trabalhar, desde que compensem as horas não trabalhadas. Esse acerto deve ser feito diretamente com os chefes de setor. Também ficou acertado que servidores grevistas não serão transferidos por terem participado do movimento, assim como a não exoneração de comissionados.
Outra ideia aprovada pelos servidores é de que as mobilizações devem ser permanentes. Bimestralmente, haverá uma reunião do movimento para avaliar as necessidades da categoria.