“Prejudica muito a cidade”: vereadores opinam sobre cassação do prefeito e vice de Brusque

Com ida de André Vechi à prefeitura, Deivis da Silva deve assumir Câmara de Brusque; parlamentar comentou decisão

“Prejudica muito a cidade”: vereadores opinam sobre cassação do prefeito e vice de Brusque

Com ida de André Vechi à prefeitura, Deivis da Silva deve assumir Câmara de Brusque; parlamentar comentou decisão

Os vereadores de Brusque receberam na manhã desta quinta-feira, 4, a notícia de que o prefeito Ari Vequi (MDB) e o vice-prefeito Gilmar Doerner (Republicanos) tiveram seus mandatos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Alguns dos parlamentares se manifestaram ao jornal O Município.

Em linhas gerais, os vereadores lamentaram a cassação e relacionaram a decisão ao caso de 2015, em que o então prefeito e vice da cidade, Paulo Eccel e Evandro de Farias, o Farinha, foram cassados. Anos depois, a dupla foi absolvida. A cassação de Ari e Gilmar partiu de um pedido dos partidos PT, PV e PSB, que alegaram abuso de poder econômico.

O vereador André Batisti, o Deco (PL), que se considera “independente” na Câmara e recentemente fez críticas ao governo Ari e Gilmar, lamentou a decisão do TSE. Ele afirma que não acompanhou o julgamento desta quinta e acreditava que o pedido seria indeferido.

“Agora, vamos esquecer o lado político. Mais uma vez, isso bota a cidade em uma insegurança jurídica. Por mais que lutemos por mudanças, não queremos a mudança desta forma. Queremos que cada gestor termine seu ciclo. Isso prejudica muito a cidade”, diz.

O presidente da Câmara de Brusque, vereador André Vechi (DC), deve assumir como prefeito interino após a saída de Ari e Gilmar. Até a tarde desta quinta, André ainda não havia se manifestado sobre o assunto. Fontes ligadas ao vereador relatam que ele recebeu a informação da cassação “com surpresa”.

Quem também se manifestou foi o vereador Jocimar dos Santos (DC). Jocimar, que apoiou o governo nas eleições de 2020 e, depois, rompeu com Ari e Gilmar, disse estar feliz por André assumir a prefeitura. Questionado sobre como avalia a decisão do TSE, o vereador comenta que o caso é competência dos ministros.

“Não me inteirei do processo como todo, mas não tem como questionar. Se o TSE julgou pela cassação… Eles (ministros) são superiores na lei. Se aconteceu a cassação, eles têm os motivos para julgar. Os ministros julgaram e agora temos que pensar em Brusque. Vamos preparar um projeto novo para Brusque”, afirma.

Com a ida de André Vechi à prefeitura, o vereador Deivis da Silva (MDB) deve virar presidente interino da Câmara. O parlamentar lamentou a decisão e disse que o objetivo é amenizar a situação no Legislativo. Deivis é o atual vice-presidente da Casa e, por isso, deve assumir como presidente.

“Tudo aconteceu de forma muito rápida. A decisão pegou muita gente de surpresa. Parto do pressuposto que Brusque já sofreu com essa situação a não muito tempo atrás. Tem que ter um cuidado agora para que não retome o prejuízo que a cidade teve naquele momento”, comenta.

Líder do governo na Câmara, o vereador Alessandro Simas (PP) disse que recebeu a decisão com “muita tristeza”. O parlamentar, que foi presidente do Legislativo no ano passado, discorda da decisão do TSE e lamentou o que classifica como “modificar uma decisão popular”.

“Não concordamos com a decisão. Acho que a decisão é um pouco mais além da eleição municipal. Tenho certeza que toda cidade recebe com tristeza. Mais uma vez, percebemos que a Justiça tem a possibilidade de modificar uma decisão popular. É uma notícia terrível para nossa cidade”.

Cassação nos corredores da prefeitura

Diversos secretários da prefeitura foram procurados pela reportagem de O Município. A maioria deles preferiu não se manifestar antes do prefeito e do vice. O único que teceu comentário, apesar de evitar uma avaliação, foi o secretário de Desenvolvimento Social, Darlan Sapelli.

Darlan disse à reportagem: “Enquanto secretário, vou fazer o trabalho da melhor forma possível até quando me permitirem”, se limitou a dizer o secretário. Até às 16h desta quinta, Ari Vequi e Gilmar não haviam se manifestado.

Correção (12/05, às 9h06): anteriormente, foi informado que somente o PT seguia na ação contra a chapa Ari e Gilmar. No entanto, os partidos PV e PSB continuam no processo. A informação foi corrigida.


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