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Preparativos para a peça Paixão e Morte de um Homem Livre está em ritmo avançado

Tradicional espetáculo será apresentado em abril de 2017, em Guabiruba

Nos dias 13 e 14 de abril de 2017, o pátio da capela São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba, será palco de mais uma apresentação do espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre.

O espetáculo, promovido pela Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP), requer bastante dedicação para que tudo fique bem feito. Por isso, seis meses antes das datas das apresentações, uma grande equipe trabalha nos preparativos da peça, que terá, no próximo ano, sua edição de número 21.

Nesta edição, o espetáculo será narrado por Maria, a mãe de Jesus – interpretação que está a cargo de Rosiane Pinheiro Ebler. Os trabalhos iniciaram em fevereiro deste ano, com a produção do roteiro e o diálogo dos personagens, que serão dirigidos por Marcelo Carminatti.

Os ensaios de cenas e falas iniciaram em maio, com grupos de atores voluntários. Segundo o presidente da AACSP, Marcelo Nascimento, após a produção textual, foram feitos contatos com os atores voluntários e montado um grupo de trabalho fixo.

Desde então, os atores estão ensaiando cena a cena, pesquisando materiais de referência dos personagens e da época. Na parte administrativa, a AACSP também busca patrocinadores.

Ao todo, 400 voluntários estão envolvidos no projeto, incluindo os atores e os que irão atuar fora dos palcos.

Figurinos da peça estão em fase de confecção / Foto: Divulgação

Em outubro do ano passado, conforme o presidente da AACSP, o projeto foi encaminhado para o Ministério da Cultura, com objetivo de captar
R$ 260 mil pela Lei Rouanet – sendo R$ 230 mil para o teatro em si e o restante para contratação de algum ator global.

De acordo com Carminatti, a equipe não descarta trazer um nome conhecido do público. Por enquanto, há apenas uma lista com oito atores para uma sondagem. No entanto, não há definições.

Na última edição do evento, em 2015, o ator Júlio Rocha interpretou Herodes no espetáculo ao ar livre.

Peça montada em etapas

Segundo Nascimento, os trabalhos estão ocorrendo em etapas, com pequenos grupos de trabalho já definidos anteriormente. No começo deste mês, por exemplo, foram distribuídos os principais papéis para os figurantes.

Um dos trabalhos também consiste em fazer um levantamento da estrutura do palco, cuja construção inicia no começo de janeiro, para ser finalizada em fevereiro.

“O trabalho está fluindo dentro do programado, é uma grande alegria para cada um que foi convidado, e existem muitos procurando, querendo participar”, afirma o presidente da AACSP.

Cerca de 400 pessoas trabalham no espetáculo, entre atores, produtores e voluntários / Foto: Divulgação

“É um trabalho árduo para manter o padrão dos últimos. Não podemos frustrar a expectativa das pessoas”.

Inspirações do espetáculo

Conforme o diretor do espetáculo, Marcelo Carminatti, o teatro da peça foi inspirado na música Luz das Nações, interpretada pela banda Anjos de Resgate. Será a história de Jesus narrada por Maria, já “que ninguém conhece o filho melhor do que a mãe”.

O fundo do cenário remete ao papiro, o papel da época, usado como ferramenta de comunicação. A coroa de espinhos também está presente.
Serão três Marias em cena, durante o espetáculo. A narradora-personagem será interpretada quando jovem, nas cenas iniciais, um pouco mais moça e, por último, na fase adulta.

A previsão é que a duração da peça seja de duas horas, com 30 cenas. Segundo a produção, apenas uma delas não foi tirada da Bíblia: é uma cena que se imagina que possa ter acontecido, representando o carinho entre mãe e filho.

“A energia que está envolvendo este trabalho é tão positiva, tão alegre, contagiante, a cada dia que passa somos procurados por novas pessoas que querem participar, querem estar dentro do espetáculo”, afirma Carminatti.


Unifebe desenvolve figurinos

Em agosto, foi fechada uma parceria com acadêmicos da 2ª fase do Curso de Design de Moda da Unifebe, para que eles elaborassem o figurino dos soldados. Segundo o diretor da peça, a ideia surgiu pelo interesse da associação em ter uma qualidade melhor nos figurinos dos personagens.