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Fatura de água vai aumentar 6,08% em Guabiruba e Botuverá

Casan justifica que acréscimo é necessário para evitar desequilíbrio financeiro

Os moradores de Guabiruba e Botuverá, cidades atendidas pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), devem preparar o bolso, pois a Agência Reguladora de Santa Catarina (Aresc) autorizou que o valor da tarifa seja acrescido em 6,08% a partir de 17 de agosto.

Na resolução 84, de 17 de julho deste ano, a Aresc concede o aval para que a concessionária estatal de águas realize o aumento em todas as cidades em que opera. No documento, a Casan, que tem passado por problemas financeiros nos últimos anos, elenca uma série de números e documentos para fundamentar a solicitação de aumento.

Com base nos dados técnicos, a equipe da Aresc elaborou o parecer, que passou por aprovação da diretoria colegiada da agência reguladora. O índice de aumento concedido corresponde à inflação oficial do período: 6,08%.

No documento enviado à Aresc, a Casan justificou: “O modelo indica o percentual de defasagem da tarifa vigente para cobrir os custos do ano de 2017 em relação à tarifa praticada em 2016. Para chegar ao percentual mencionado, foram apresentados os dados extraídos do Balanço Patrimonial e Demonstrativos Contábeis de 2016 (imobilizações técnicas, capital de movimento, despesas de exploração, depreciação entre outros). Já os dados de 2017 são de acordo com projeções da empresa”.

De acordo com a resolução da Aresc, um dos principais argumentos apresentados pela concessionária para justificar o reajuste anual foi a sua viabilidade financeira. A empresa alegou que houve aumento no índice de inadimplência, bem como alguns municípios deixaram de ser atendidos pela Casan.

A Casan enfrenta problemas de investimentos em diversos municípios. Em Guabiruba e Botuverá, por exemplo, a companhia foi cobrada publicamente para melhorar o seu serviço. A Prefeitura de Guabiruba não descarta municipalizar o sistema de abastecimento.

A Aresc aceitou a argumentação da companhia e também verificou – após analisar mais de 20 páginas – ser necessário o aumento para preservar o equilíbrio econômico da estatal de água e saneamento. O acréscimo de 6,08% será aplicado sobre todas as faixas de consumidores.