Presidente da Amasc afirma que há descaso da prefeitura com Bosque do Garapuvu
Apesar da vontade da associação, governo ainda não disponibilizou mão-de-obra para calçamento da passagem
É visível para quem transita pelo Bosque do Garapuvu, na avenida Augusto Bauer, o acúmulo de material de obra logo atrás da placa que destaca a importância ecológica do local.
A presidente da Associação dos Moradores do Jardim Maluche (Amasc), Ana Maria Leal, conta que esse material para calçamento foi deixado lá a pedido da sua família para melhorar o acesso ao bosque, mas que a prefeitura não demonstrou interesse na obra, apesar dos pedidos feitos pela associação.
“Quando a prefeitura retirou este material da praça Barão de Schneeburg, no Centro, meu marido, que cuida do bosque, pediu os pavers para calçarmos a passagem. A prefeitura trouxe, já fui falar com o prefeito (Jonas Paegle), com o Ari Vequi (vice-prefeito), com o Dirceu Marchiori (diretor de gabinete), falamos várias vezes, mas não há como essa gente se animar de calçar isso. O material já está ali, só falta mão-de-obra. É realmente uma falta de boa vontade”, conta.
Esta é a única Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) do município de Brusque, assim declarada por decreto do prefeito. Aries são pequenas extensões de terra com pouco ou nenhuma ocupação humana, protegidas por possuírem características naturais singulares ou abrigar espécies raras da fauna ou flora.
O Bosque do Garapuvu, especificamente, tem importância ecológica na preservação do microclima, redução da temperatura ambiente e também a oportunidade da comunidade de ter contato com a natureza.
“Várias escolas vêm para fazer pesquisas na área de biologia e ciências, e seria melhor para caminharem, já que sempre tem lama, poças d’água, e não é legal. Não é uma reivindicação só nossa (da Amasc), mas de alunos que vêm muitas vezes e sempre reclamam que o local não é agradável para se caminhar”, reforça a presidente da associação.
O secretário de obras, Ricardo de Souza, afirma que a prefeitura está a par da situação no Bosque, mas que o calçamento deve ser feito somente em fevereiro. Souza aponta que, apesar da ‘importância salutar’ da área, há outras prioridades no momento, como pavimentação de ruas.