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Entidades do comércio mantêm posicionamento sobre paralisações

CDL e Sindilojas reiteram nota lançada na última sexta-feira, 25; Acibr compartilha nota de federação estadual

A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque e o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Brusque reiteraram seus posicionamentos sobre as paralisações de caminhoneiros, mantendo o que foi exposto na nota publicada na última sexta-feira, 25. O presidente da CDL Brusque, Fabrício Zen, esclarece que a orientação da entidade é de que o comércio se mantenha com atividades normais.

“Foi espalhado um boato de que a CDL estaria incentivando o fechamento das lojas, mas o comunicado para os nossos associados é de manter as atividades normais, com o comércio aberto e funcionando. Precisamos vender e faturar, apesar do momento difícil. A vida tem que seguir”, explica. O presidente do Sindilojas, Marcelo Gevaerd, afirmou que o posicionamento contido na nota de sexta-feira, 25, se mantém.

Apesar de a CDL ter participado do ato no fim da tarde desta segunda-feira, 28, em prol da intervenção militar e de ter convidado os lojistas para a manifestação, Zen afirma que a entidade não compactua com a reivindicação por governo militar.

“Vivemos em um país democrático e temos que aprender a viver na democracia. Manter o regime democrático é o mais sensato. A cobrança é em cima da classe política. Agora é que precisamos do posicionamento da classe política e da representatividade, inclusive já liguei para alguns deputados fazendo esta cobrança”, afirma Zen.

Na nota oficial, CDL e Sindilojas cobram “uma postura de retidão e discernimento” da classe política, pedindo para “que estes não se omitam e sejam assertivos em suas decisões nos assuntos que se referem ao bem comum de toda a população brasileira”. Também criticam o sistema tributário brasileiro, que prejudica principalmente micro e pequenas empresas.

Acibr reforça posicionamento da Facisc
A Associação Empresarial de Brusque (Acibr) publicou em seu site oficial a nota da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).

A entidade apoiou inicialmente o movimento dos caminhoneiros, mas clamou pelo retorno ao trabalho de empreendedores e trabalhadores, repudiando a infiltração política. O documento, assinado pelo presidente Jonny Zulauf, foi enviado à Presidência da República, Governo do Estado e parlamentares.

Confira um trecho da nota:
Muitas podem ser as críticas à condução inicial do processo pelo Governo Federal, bem como ao atendimento das legítimas reivindicações originais dos caminhoneiros. As concessões do Governo, mesmo com a demora e com a evidente transferência dessas diretamente a todo o povo brasileiro, permitem o retorno à normalidade das atividades econômicas com o abastecimento e circulação de bens e mercadorias.

Os efeitos em prejuízos já se contam aos bilhões de reais, para o Estado, para a iniciativa privada e para as famílias. Urge, agora, a busca imediata da retomada de atividades, sendo inaceitável qualquer manutenção de mobilização ou alteração de foco do movimento, no sentido de inibir a retomada de todo segmento produtivo, destacadamente a comercialização de combustíveis.”