Presidente do Novo de Joinville diz que dirigir bêbado “não causa mal a ninguém”

Comentário teve repercussão negativa no Twitter

Presidente do Novo de Joinville diz que dirigir bêbado “não causa mal a ninguém”

Comentário teve repercussão negativa no Twitter

Nesta sexta-feira, 12, o presidente do diretório do partido Novo de Joinville, Kahlil Elias Assib Zattar, foi criticado após falar que “dirigir bêbado também não causa mal a ninguém” e que “não é motivo para nenhum tipo de sanção” desde que não cause dano a terceiros.

Os comentários foram feitos no Twitter, pelo perfil oficial de Kahlil, em resposta ao tweet do professor e doutor em Economia, Thomas Conti, que fez uma analogia entre as vacinas contra a Covid-19 com uma tecnologia que poderia prevenir acidente e as mortes fatais no trânsito.

Em resposta, o presidente do partido Novo de Joinville fez outra suposição, desta vez relacionando que comer fastfood diariamente pode aumentar o risco de infarto durante a vida, gerando custos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e consequentemente a população. “Imagino que o vá querer controlar o consumo de MCDonalds”, comentou.

A comparação foi criticada pelo professor, que relata que comer o alimento é uma escolha pessoal e que não coloca a vida de terceiros em risco como a Covid-19, que é uma doença contagiosa, ou dirigir bêbado. Em resposta, Kahlil Zattar, alega que “dirigir bêbado também não causa mal a ninguém” e reforçou que a liberdade deve vir com responsabilidade.

Repercussão negativa

A resposta do presidente do Novo de Joinville não foi vista de forma positiva. Alguns usuários da rede social criticaram o posicionamento de Kahlil. Alegam que ele inflige o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), que considera infração gravíssima dirigir sob a influência de álcool, independente de causar ou não danos a terceiros.

Posicionamento pós repercussão

A reportagem do jornal O Município entrou em contato com Kahlil Zattar, que respondeu que a discussão é antiga e envolve diversos pontos que devem ser melhor aprofundados.

Confira a nota na íntegra:

A questão que estava sendo discutida é uma questão teórica acerca dos limites de atuação que o governo deve impor aos cidadãos. Alguns acham que o governo deve tutelar o cidadão ao máximo, em nome do possível bem comum.

Outros acham que o indivíduo deve ser livre pra realizar suas ações, desde que não cause mal algum a terceiros. É uma discussão muito antiga e ao mesmo tempo muito atual na filosofia, que está sendo discutida por exemplo na exigência de passaporte de vacinação para entrar em determinados ambiente.

É uma discussão longa, com múltiplas visões, que podemos conversar com maior profundidade em outra oportunidade.


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