Presidente e diretores da CDL Brusque participam de III Fórum Nacional do Comércio
Evento reuniu grande público em Brasília na terça e quarta-feira, 24 e 25 de outubro
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque, Michel Gartner Belli e os diretores Altamir Antonio Schaadt, Marco Antonio Schaadt, Gilson Lang, Roberto Pacheco Francisco, Altamiro Bambinetti e a presidente da CDL de Guabiruba, Patricia Rothermel Ebel, participaram esta semana, do III Fórum Nacional do Comércio, em Brasília.
Criado em 2013 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o evento objetiva proporcionar momentos de discussão sobre a economia do país. Além de ampliar o debate para a esfera política, econômica e institucional, com o firme propósito de submeter ao poder público propostas que redirecionem a política econômica para assegurar maior competitividade às empresas dos setores de comércio e serviços.
Na programação deste ano, realizada nos dias 24 e 25 de outubro, o Fórum contou com painéis sobre as reformas estruturadoras (Modernização Trabalhista, Reforma Previdenciária, Reforma Tributária); sobre sistema financeiro e o desenvolvimento do varejo; inovação; e o setor de comércio e serviço e a retomada do crescimento econômico.
De acordo com Belli, a participação no evento é importante, pois oportuniza aos dirigentes das CDLs de todo país, ouvir nomes importantes da economia do Brasil e suas projeções para 2018. “Tivemos a oportunidade de ouvir números que eles nos trouxeram, que nos deixaram muito motivados e satisfeitos, porque tudo demonstra que a crise está passando e alguns até afirmam que já passou”, comenta.
Além disso, segundo o presidente da CDL Brusque, diante de todos os dados que foram explanados no Fórum, outra certeza é de que a Operação Lava Jato teve e tem um papel fundamental para tudo o que está ocorrendo no país. “A Lava Jato é uma limpeza, uma dedetização dentro da política nacional e com certeza, cada vez mais daqui para frente, os culpados sendo punidos e dando seus nomes para a população ficar atenta para as próximas eleições”, ressalta.
Ele acrescenta que o Brasil só tende a crescer e a melhorar a economia e política nacional. “Precisamos ser otimistas e continuar investindo, contratando, abrindo empresas, pois estamos em um novo ciclo, o ciclo do crescimento. Não adianta mais reclamar, falar em crise, temos que olhar para frente”.
Incentivo ao varejo
Os ministros do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, e do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, enalteceram a importância do varejo para a economia nacional.
Segundo Oliveira, é preciso incentivar a atividade do empresário no Brasil. Ele destacou as iniciativas que o governo vem realizando para melhorar o ambiente de negócios. “A estratégia de retomada do crescimento econômico do governo atual tem como bases principais as reformas estruturantes, a melhoria no ambiente regulatório, a modernização da gestão pública e a eficiência de gastos”, elencou Dyogo Oliveira.
Já o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, abordou o Plano Progredir, uma parceria do governo federal com a União Nacional de Entidades de Comércio e Serviços (UNECS), também presidida por Honório Pinheiro.
“Só com transferência de renda não se faz um progresso humano, econômico e social. Por isso criamos o Programa Progredir, que é uma oportunidade para dar emprego e renda para quem está no Bolsa Família. E vocês são os maiores empregadores do Brasil”, afirmou Terra.
Reformas estruturantes
Os principais pontos pertinentes às reformas trabalhista, previdenciária e tributária abriram um dos debates do III Fórum Nacional do Comércio. Honório Pinheiro, falou sobre os impactos das reformas no setor varejista e de comércio e serviços, que responde por 19,1% dos empregos formais em todo país. “Quem gera emprego no Brasil são os empresários e empreendedores. Temos que assumir uma posição propositiva. Precisamos estar mais unidos e conscientes da força desse setor na economia nacional”, declarou.
“Nossa aproximação com o Congresso tem viabilizado uma agenda com mais objetividade. Precisamos entender que a atualização trabalhista, por exemplo, é geradora de novos empregos e com certeza reduzirá o custo das nossas operações. A tributária é uma necessidade urgente no setor produtivo e a previdenciária é o futuro”, resumiu o coordenador da UNECS.
Segundo o relator da reforma da previdência, o deputado Arthur Maia (PPS/BA), hoje, o Brasil é um dos poucos países que ainda admite a aposentadoria por tempo de contribuição. “Na América Latina apenas o Brasil e o Equador ainda seguem esse modelo. Isso por si só já é uma razão para fazermos essa reforma. Enviamos uma proposta de mudança que se baseia no fim da idade mínima”, avaliou.
Já o relator da reforma tributária, Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), propõe ao Brasil uma simplificação tributária geral. “Precisamos transformar esse manicômio tributário, do ponto de vista jurídico. Com as alterações que propomos irá diminuir a burocracia, o modelo será justo e o controle desse sistema não permitirá exceções. Vamos zerar os impostos de comida e remédios. Vamos diminuir o peso da tributação do consumo passando para renda”, pontuou Hauly.
Para o deputado e relator da modernização, Rogério Marinho, o Fórum é uma oportunidade para a reflexão. “É um momento de balanço do que ocorreu durante esse ano, a exemplo da aprovação da reforma trabalhista e da diferenciação de preços de acordo com o meio de pagamento. Foram são avanços que conseguem dar uma velocidade maior ao desenvolvimento deste setor”.