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Presidente interino da Câmara de Brusque, Deivis da Silva comenta relação com prefeito em exercício e projetos futuros

Vereador detalha trabalhos no Legislativo após mudança de governo

Há 42 dias no cargo de presidente interino da Câmara de Brusque, o vereador Deivis da Silva (MDB) detalha os trabalhos e a relação com o prefeito em exercício André Vechi (DC). Ele reforça o “bom entrosamento” com o chefe do Executivo, conforme classifica.

Deivis exerce a presidência de forma provisória, substituindo André, que é o titular do cargo e assumiu a prefeitura interinamente após a cassação do ex-prefeito Ari Vequi (MDB) e do ex-vice-prefeito Gilmar Doerner (Republicanos).

“Eu e o André já tínhamos um entrosamento bom, tanto é que conseguimos fechar uma chapa para ganhar a presidência da Câmara. De lá para cá, viemos fazendo um trabalho bacana e aconteceu toda essa surpresa”, afirma Deivis.

Ele e o prefeito interino conversam praticamente todos os dias. Deivis diz que, nos próximos dias, a Câmara deve apreciar novos projetos. Alguns deles tem origem da Prefeitura.

“Naqueles projetos que se percebe a necessidade de uma atenção, como o do Refis, ele (André) me pediu para [analisar] o quanto antes. Tudo o que precisa de uma atenção especial pode vir em regime de urgência. A gente combina e ele manda”.

Deivis avalia que o trabalho que desempenha na Câmara tem como objetivo evitar transtornos relacionados à cassação de Ari e Gilmar. Além disso, ele pontua que manteve a maioria dos servidores no Legislativo, assim como o prefeito interino manteve na prefeitura.

André fez três mudanças no comando de pastas do alto escalão quando assumiu o governo interino: Procuradoria-geral, Secretaria de Comunicação Social e Secretaria de Obras. Rafael Maia, Wilson Schmidt Junior e Ivan Bruns Filho assumiram os cargos, respectivamente.

“O objetivo do André e o nosso, tanto o meu como presidente quanto de todos os vereadores, é que a comunidade não perceba a transição política no sentido dos trabalhos, e sim que a Prefeitura continue trabalhando”, comenta.

Deivis é vereador de segundo mandato, já foi secretário de Assistência Social e, até então, era vice-presidente da Casa. Ele relata que a experiência política foi um fator que o colocou na chapa que foi eleita para a Mesa Diretora.

Além de Deivis, a Mesa é composta por outros dois vereadores: Jean Dalmolin (Republicanos), que é o primeiro secretário; e Rick Zanata (Patriota), o segundo secretário. Apesar da experiência, Deivis considera que assumir o cargo é um aprendizado.

Projetos em tramitação

Questionado sobre o envio de projetos em regime de urgência pela Prefeitura, Deivis diz que os vereadores não avaliam a prerrogativa como positiva, com exceção de casos em que há necessidade. O presidente interino considera que a medida pode agilizar os trabalhos.

“Tanto o André quanto os vereadores não são muito simpáticos ao regime de urgência. Há situações que poderiam ser vistas antes, para que se tenha tempo suficiente. O que o André tem pedido são situações que foram em comum acordo”.

Outra forma de agilizar os trabalhos, segundo Deivis, é colocar determinado projeto em tramitação normal para análise das comissões em conjunto. Sendo assim, não é necessário esperar 15 dias para o parecer de cada comissão.

“Tiveram outros projetos em que foi cogitado mandar em regime de urgência, mas André decidiu mandar em tramitação normal e deixou com que a gente desse agilidade nas comissões na medida que achássemos interessante”, conta.

A Câmara deve analisar e votar nos próximos dias projetos relacionados ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), incentivos fiscais na locação de espaços para instalação de empresas e acordos extrajudiciais.


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