“Preto filho da…; minha família é grande!”: câmera flagra racismo na Oktoberfest Blumenau
Advogado de Blumenau foi flagrado fazendo ofensas racistas a segurança da festa
Um homem foi preso na Oktoberfest Blumenau durante a madrugada deste domingo, 29, pelo crime de racismo. O advogado Luiz Henrique Eltermann Viotti, de 31 anos, é o suspeito, que foi preso, encaminhado à Polícia Civil e, depois da audiência de custódia, conquistou a liberdade provisória.
O fato ocorreu por volta das 3h do domingo. De acordo com o boletim de ocorrência e depoimento da vítima, que trabalhou como segurança da festa, o episódio aconteceu após ele ter que cessar uma briga que ocorria entre os pavilhões 1 e 2. O advogado, que estava envolvido nesta briga, foi separado e removido do evento.
Ainda de acordo com o relato da vítima à Polícia Civil, neste momento Luiz Henrique passou a proferir xingamentos racistas, como “preto filho da p…” e “preto vagabundo”, além de tentar mostrar autoridade dizendo frases como “você não sabe com quem está falando”.
Ainda de acordo com as imagens é possível notar que, quando ele recebe a informação de que responderá pelos atos racistas, ele afirma ser advogado e também ser de “família grande”.
Após audiência de custódia na tarde deste domingo, 29, Luiz foi colocado em liberdade provisória. De acordo com o processo, ele não chegou a ser algemado.
Para a juíza de plantão, o advogado afirma ter sido vítima de agressão durante a prisão. Ele diz não saber se os ferimentos foram feitos pela segurança da festa ou pela Polícia Militar, mas que estaria com marcas no pescoço e que teria sido “praticamente asfixiado”.
A juíza de plantão Horacy Benta de Souza Baby determinou que não há prova da materialidade e indícios suficientes para que Luiz ficasse preso preventivamente. Ele também não teria histórico de crime de racismo anterior a esse caso. Porém, como se trata de um crime inafiançável, ele precisará cumprir medidas cautelares.
Além de se comprometer a comparecer em todos os atos do processo, ele não poderá se ausentar de Blumenau por mais de 7 dias sem autorização. A juíza também determinou que, por ele ser advogado, a OAB Blumenau precisa ser comunicada do caso. Luiz também será encaminhado para atendimento médico e psicossocial especializado por ter relatado ter sido vítima de maus tratos durante a prisão.
Ela também enviará um ofício ao prefeito Mário Hildebrandt “para conhecimento dos fatos, principalmente sobre eventual uso de força desproporcional pelos agentes encarregados da segurança privada na Oktoberfest”, registra o termo de audiência.
*Colaborou Alice Kienen
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