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Primeira edição da Fenatech atrai bom público em Brusque; veja como foi

Evento foi realizado na quarta-feira

Foi realizada nesta quarta-feira, 25, a 1ª Fenatech, no Cartolas Pub. O evento teve a participação de mais de 100 pessoas interessadas em discutir e desenvolver o ecossistema de tecnologia da região. A Fenatech é promovida pelo Centro de Incubação, Tecnologia e Inovação de Brusque (Citi) em parceria com o Núcleo de Tecnologia e Inovação da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Acibr).

Devido às condições climáticas, o evento teve seu formato remodelado, mas ainda assim se mostrou um sucesso. De acordo com coordenador do Núcleo de Tecnologia e Inovação da Acibr, Ricardo Ferraro de Souza, a ideia é de que a Fenatech entre para o calendário de eventos da cidade, fomentando as discussões sobre inovação e tecnologia. “Tínhamos planejado um evento voltado às famílias e ao turista dessa área, aproveitando as festas de outubro”, diz.

Ele destacou também o seguinte trecho: “Por conta das chuvas, decidimos alterar um pouco o escopo do projeto, que voltou-se ao jovem empreendedor, com o objetivo de mostrar as oportunidades e promover o networking”.

Ricardo ressaltou a aceitação do público ao trabalho que vem sendo realizado na cidade dentro do ecossistema de tecnologia. “A quantidade de pessoas presentes demonstra o retorno de ações que estamos tomando em relação ao Central Valley, 408 Lab, Citi e Acate. As pessoas estão vindo se conectar e conhecer as oportunidades para crescer”.

O presidente do Citi, Vanderlei Leão Albino, lembra que a inovação e a tecnologia são fundamentais para as empresas conquistarem espaço no mercado e estar atento às mudanças é essencial para se manter competitivo. “Antes a empresa levava 50 anos para se posicionar no mercado. Hoje, pode ser de um dia para o outro. Temos que estar sempre atrás de conexões, saber o que está acontecendo no mercado”, avalia.

Carlos Alberto Kinchescki Júnior, gerente regional do Sebrae de Brusque, parceiro do evento, observa que a inovação ainda é vista como algo que demanda investimento, mas nem sempre é assim. “Acabamos aprendendo que inovação são coisas grandiosas, muito ligadas a tecnologia. Mas, inovar é fazer algo diferente e que traga resultado. Pode ser, inclusive, sem custo para a empresa. É preciso desmistificar a inovação atrelada aos grandes investimentos em tecnologia”.

Empreendedorismo feminino

Além do espaço para networking, com chope e música típica alemã, a 1ª Fenatech contou com três painéis. A primeira discussão da noite foi sobre empreendedorismo feminino, com Rita Cassia Conti, Priscila Motter e Luana Theis.

Divulgação

“Hoje as mulheres têm mais representatividade e se destacam em áreas de serviço, beleza, vestuário e alimentação. Na tecnologia, a última pesquisa feita sobre o tema, em 2021, mostra que mulheres fundadoras de startups representam menos de 10%. É um percentual pequeno, então decidimos levantar essa questão, mostrar que é possível mulheres na tecnologia, sim”, afirma Priscila Motter, proprietária da CódigoKid, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes em Brusque.

A empresária Luana Theis, da Rioar Automação Industrial, de Rio do Sul, falou sobre como a inovação mudou o perfil e a forma de trabalho da sua empresa. “Comecei a participar dos ecossistemas que surgiram em Rio do Sul e vi as oportunidades que a inovação poderia trazer. Consegui entender os benefícios e nossa empresa mudou muito desde que começou a inovar. Já captamos valores para investimentos, temos três patentes próprias e prêmios de inovação estadual e um nacional em gestão “.

A vice-presidente da Acibr, Rita Cassia Conti, falou sobre sua trajetória no empreendedorismo e também sobre a representatividade feminina. Ela foi a primeira presidente mulher da entidade e no mês de novembro foi empossada primeira vice-presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). Ela também foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na diretoria principal da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

Rita destaca a iniciativa do Núcleo de Tecnologia e do Citi. “A tecnologia não é o futuro, é o presente. E a tendência é crescer cada vez mais. Fiquei feliz pelo convite de participar do painel de empreendedorismo feminino em um mundo que, principalmente nessa área, é dominado pelos homens”.

Cases de sucesso

O CEO da Híbrido, Rhuan Willrich, falou sobre a trajetória da empresa brusquense de tecnologia e a importância de fomentar o ecossistema de inovação na região. “Eu sou fruto desse ecossistema. Quando tomei a decisão de empreender, fui buscar conhecimento, troca e networking em eventos como a Fenatech. É aqui que se criam as próximas gerações de empreendedores”.

Já o sócio-fundador da MOA Ventures, de Florianópolis, Odilo Schwade Júnior, falou sobre como a empresa está auxiliando a indústria brasileira a se digitalizar e a acelerar a inovação. “A indústria é a principal geradora do PIB, mas está defasada em tecnologia. Temos multinacionais com máquinas da década de 1980 em operação, sem nenhuma conectividade. Isso traz potencial de startups para criar soluções”.

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