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Primeira treinadora de Rosamaria relembra trajetória da atleta olímpica em Nova Trento

Prestes a disputar final do vôlei feminino, Rosamaria é a segunda catarinense medalhista nas Olimpíadas de Tóquio

Primeira treinadora de Rosamaria relembra trajetória da atleta olímpica em Nova Trento

Prestes a disputar final do vôlei feminino, Rosamaria é a segunda catarinense medalhista nas Olimpíadas de Tóquio

O jogo desta sexta-feira, 6, entre Brasil e Coreia do Sul pelo vôlei feminino garantiu: é mais uma medalha para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Destaque da seleção, Rosamaria, de 27 anos, é natural de Nova Trento. Com a vaga garantida para a final olímpica, os neotrentinos comemoram a representação do município pela atleta.

E quem conhece bem Rosamaria é Vandelina Tomasoni Ribeiro, a Vandeca, idealizadora, treinadora e gestora do projeto Voleibol Nova Trento, que conta com a equipe Nova Trento/TIM, que faz parte do início da trajetória de Rosamaria no vôlei. Vandeca foi a primeira treinadora da atleta neotrentina na modalidade.

“Ver a Rosamaria realizando o sonho da vida dela, o meu sonho e o sonho de todos nós é muito especial. Essas Olimpíadas têm um sabor muito especial para nós. É motivo de muito orgulho e ao mesmo tempo gratidão por tudo”, afirma Vandeca.

Arquivo pessoal

Atualmente jogando em um clube na Itália, Rosamaria é nascida e criada em Nova Trento, e leva as características do início da carreira no interior de Santa Catarina até os dias atuais. Vandeca cita o ato de bater no peito após o Brasil marcar ponto como exemplo.

“Vendo a Rosa jogar, eu me lembro dela jogando conosco. Ela sempre foi intensa e eu era muito também, eu nunca gostei de perder, nem ela. Vendo ela hoje, deste jeito, ela mantém as mesmas características, sempre muito guerreira e determinada, com muita disciplina”, conta.

Mostrando serviço em quadra, Rosamaria vem se destacando nas Olimpíadas e ganhando cada vez mais espaço na equipe de José Roberto Guimarães. Até o momento a neotrentina já marcou 40 pontos, sendo 27 de ataque, 11 de bloqueio e dois de saque.

Na semifinal disputada nesta sexta-feira, Rosamaria marcou dez pontos, além de carimbar o passaporte para a final olímpica e garantir a primeira medalha logo em sua estreia nas Olimpíadas.

Federação Internacional de Voleibol/Divulgação

Para Vandeca, o sucesso de Rosamaria surge após muito trabalho, tanto dentro quanto fora de quadra. “Sempre uso ela como exemplo de que para chegar onde ela chegou não basta simplesmente saber jogar voleibol. É necessário ter muita resiliência, muita humildade. É um caminho que não é fácil”, diz.

Além disso, a primeira técnica da oposta da seleção feminina do Brasil afirma que Rosamaria adquiriu novas características após os anos como atleta profissional de vôlei.

“Vejo ela uma Rosa madura e muito mais segura, mas as características daquela menina guerreira continuam. Tenho orgulho de ver ela brigando, batendo no peito. Acredito que atleta é isso, atleta é raça”, comenta.

Arquivo pessoal

Celeiro de atletas

O projeto Voleibol Nova Trento é celeiro de grandes atletas do cenário nacional e internacional do vôlei. Além de Rosamaria, outras jogadoras atualmente fazem sucesso na modalidade.

Gabriela Rocha, que defende o Sporting de Portugal; Raquel Loff, que joga na República Tcheca; Daniela Cechetto, do Bradesco; e a brusquense Karoline Tormena, que recentemente foi anunciada pelo Barueri para disputa da Superliga, são exemplos de atletas que iniciaram a carreira na equipe Nova Trento/TIM.

Arquivo pessoal

Vandeca acredita que o sucesso de Rosamaria, que é madrinha do projeto, pode refletir como forma de inspiração para revelação de outras atletas no futuro.

“Eu quero fazer muito mais. Quero trabalhar com muitas meninas e formar outras ‘Rosamarias’ e outras atletas para o voleibol brasileiro. Espero que tudo isso respingue no projeto e na base do voleibol nacional. Podemos formar muito mais e dar oportunidade para muitas meninas”, afirma.

Nova Trento em festa

Independente se a medalha de Rosamaria será de prata ou de ouro, Nova Trento e Santa Catarina têm motivos para comemorar quando se trata de Olimpíadas de Tóquio. O skatista de Florianópolis Pedro Barros conquistou nesta semana a medalha de prata no skate park, quebrando um jejum de 13 anos de medalhas olímpicas para o estado.

Rosamaria vem para somar no quadro de medalhas de Santa Catarina nas Olimpíadas logo em sua primeira participação no maior evento esportivo do mundo. Segundo Vandeca, o clima em Nova Trento é de muita alegria e só se escuta falar em um nome: Rosamaria.

“Eu vejo uma população toda orgulhosa. Todo mundo está acompanhando e isso é maravilhoso. O esporte transforma tantas coisas, pessoas, tudo. O esporte transforma uma comunidade, que vive hoje a expectativa de termos uma campeã olímpica. Até se não vier o ouro, mesmo assim podemos dizer que temos uma campeã olímpica. Para nós, ela já é medalha de ouro”.

Arquivo pessoal

Ao falar do sucesso de Rosamaria, Vandeca lembra também dos primeiros passos do projeto na pequena cidade no interior de Santa Catarina, em meio a muitas dificuldades, principalmente para conseguir apoio ao esporte de base.

“Ver isso, para mim, que sempre foi um desafio fazer o projeto dentro da cidade, mostra que mesmo com todas as dificuldades conseguimos ter este grande mérito em ter uma atleta disputando uma final olímpica”, finaliza.

A final será disputada neste domingo, 8, em Tóquio, a partir de 1h30 pelo horário de Brasília. A medalha de Rosamaria já está garantida, agora resta saber qual será a cor.


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