Primeiro brusquense a contrair varíola dos macacos conta sobre sintomas e tratamento
Samuel Hodecker ficou dez dias isolado para tratamento da doença
O primeiro paciente com diagnóstico confirmado de varíola dos macacos em Brusque foi Samuel Hodecker, autônomo de 24 anos e morador do bairro Azambuja. Ele conta que procurou atendimento no último dia 18, após ter contato com uma pessoa que testou positivo em São Paulo.
“Apareceu uma ferida pequena na minha área genital quando eu já estava em Brusque, fui no Hospital Azambuja”, lembra.
Segundo Samuel, ele foi até o hospital e relatou a sua suspeita e aguardou na recepção. Após 40 minutos, passou pela triagem e recebeu a pulseira verde, que é utilizada quando o paciente não corre risco de morte, podendo ser atendido sem prioridade. “Esperei cerca de duas horas, não teve isolamento. Na consulta, a médica achou que poderia não ser e me liberou”.
Como é paciente do Serviço de Atenção Especializada (SAE), ele procurou atendimento lá e pediu um exame porque tinha certeza que era a varíola.
“Realizaram o exame e pediram para começar o isolamento. O atendimento médico na Azambuja foi preocupante por causa da falta de preparo. Se não tivesse ido ao SAE eu estava por aí sem saber da varíola transmitindo”.
Samuel conta que o tratamento foi com Dipirona, por causa da febre bem alta que teve. Ele ficou dez dias isolado em Brusque por causa da varíola.
“Tive dores musculares e anais, e febre. A sensação foi estranha pois os sintomas eram diferentes dos anunciados e medo das feridas pelo corpo, mas o atendimento no SAE foi incrível, mostraram preocupação”, relata.
O que é a varíola dos macacos
A varíola dos macacos é uma doença causada pela infecção com o vírus Monkeypox, que causa sintomas semelhantes aos da varíola. Ela começa com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos.
Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.
Em alguns casos, pode ser fatal, embora seja tipicamente mais suave do que a varíola. A doença pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto ou através de vários animais selvagens, como roedores e primatas.