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Primeiro vestibular do curso de Medicina da Unifebe tem mais de cinco candidatos por vaga

São 40 vagas disponíveis; inscrições vão até o dia 8 de outubro

As inscrições para o primeiro vestibular de Medicina do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) estão abertas até o dia 8 de outubro. A prova acontecerá no dia 18 de novembro, pelo sistema Acafe, e os resultados serão divulgados no dia 5 de dezembro.

O curso de Medicina da Unifebe foi aprovado para oferecer 80 vagas, no entanto, a instituição optou por abrir, neste primeiro momento, 40. Assim, o curso terá início de turmas no primeiro e no segundo semestre.

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As aulas da primeira turma de Medicina iniciam, provavelmente, no começo de março. O número de inscritos para o vestibular é considerado animador. Até o momento, são pouco mais de 200 candidatos, o que dá uma média de cinco concorrentes por vaga.

“A tendência é que até o dia 8 este número aumente significativamente. Estamos bastante felizes pela procura. Temos registrado inscrições de várias partes do país, o que nos causa até uma surpresa pois ainda não somos uma instituição conhecida dentro da Medicina”, diz o reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy.

O curso, que foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação em março, será no sistema integral e terá 7.673 horas distribuídas em seis anos. A implantação da Medicina é um planejamento antigo da instituição e foi desenvolvida efetivamente nos últimos dois anos. “É uma caminhada longa, estamos iniciando um grande legado para a região”, destaca Pertschy.

Tecnologia e humanização

Novo coordenador do curso na instituição, o neurocirurgião Osvaldo Quirino de Souza destaca que a graduação tem como objetivo formar médicos humanistas, unindo a parte humana com a tecnológica.

“Será um curso voltado ao ser humano porque a medicina é, antes de tudo, uma ciência humanística. Aliado a isso vamos investir na parte tecnológica e trabalhar fortemente na questão ética”, diz.

O planejamento da Unifebe é construir um bloco específico para a área de saúde. Neste momento, o projeto ainda está sofrendo as últimas modificações antes de ser, de fato, implantado. O reitor da Unifebe adianta, entretanto, que o novo bloco da instituição será focado na sustentabilidade, com telhado com placas fotovoltaicas e aproveitamento de água, por exemplo.

A ideia é construir a obra em tempo recorde, porém, a Unifebe também já trabalha com o plano B, caso haja algum imprevisto climático que atrase o cronograma da obra.

“Todas as nossas instalações são muito adequadas em termos de sala de aula. O curso de Medicina é integral, diurno, então acontecerá em um momento que temos uma grande ociosidade no nosso campus. Mesmo que o prédio novo não fique pronto até o acordado, vamos nos precaver com relação a isso”, diz.

De acordo com ele, para o início das aulas, há a garantia que todos os laboratórios necessários já estarão montados: no prédio novo ou nas instalações temporárias reservadas para esta finalidade.

“Estamos muito tranquilos com relação a isso. O importante é ter os laboratórios instalados. Ter todos os ambientes necessários para que se desenvolva o processo normal do curso de Medicina.”

A instituição já adquiriu uma mesa digital para os estudos de anatomia. O coordenador do curso considera, inclusive, que o equipamento é um dos mais modernos do país, já que possui reprodução 3D, com uma amplitude em que se consegue estudar todos os órgãos do corpo humano, sem necessitar do auxílio de um microscópio.

A pró-reitora de ensino de graduação da instituição, Heloisa Maria Wichern Zunino, ressalta ainda que além da mesa digital, os laboratórios serão equipados com cadáveres sintéticos e cadáveres humanos. “Já está bem encaminhado o processo. Teremos o inovador, mas não deixaremos de trazer experiências de longa data para fazer parte do curso”, observa.

O curso também terá uma grande integração com o Hospital Azambuja, já que os alunos terão acesso aos exames realizados e conseguirão estudar situações reais. Os estudantes também terão contato com a comunidade desde o primeiro ano, com a presença direta nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.

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“Situações problemas reais virão para a universidade e serão foco de discussão por parte dos alunos. A organização curricular da Medicina será pautada nas metodologias ativas de aprendizagem. O aluno passa a ter papel importante, não será apenas um ser passivo, receptor de conhecimentos, terá que desenvolver diversas habilidades e competências e as tecnologias de ponta vem para aliar o trabalho docente”, diz Heloisa.

Valorização da região

Os profissionais que atuarão no curso ainda estão sendo selecionados pela instituição. De acordo com a assessora pedagógica Julia Wakiuchi, já há uma pré-seleção dos profissionais e esta fase está sendo finalizada. A ideia, segundo ela, é valorizar os profissionais que já atuam em Brusque.

“Estamos buscando profissionais que consigam oferecer esse curso de uma maneira muito firme, muito sólida, de uma maneira que possa ser fixado por esses alunos, que eles consigam participar desde o início na comunidade, interagir com as pessoas, criar esse caráter humanístico e serem bons profissionais para o país.”

Quirino de Souza afirma que o início do curso de Medicina em Brusque marcará uma nova era na região.

“Estudos mostram que no entorno de faculdade de Medicina há um grande desenvolvimento, cultural, econômico, humano e de saúde. Promove um incremento importante dentro de uma cidade, pessoas de fora vem pra nossa cidade construir sua vida aqui e com o apoio da universidade, que vai investir nos hospitais, nas unidades de saúde, vai trazer um desenvolvimento tecnológico.”