Príncipe imperial Dom Bertrand é homenageado no Colégio Cônsul Carlos Renaux

Ele assistiu à uma apresentação da orquestra e dos corais da instituição

Príncipe imperial Dom Bertrand é homenageado no Colégio Cônsul Carlos Renaux

Ele assistiu à uma apresentação da orquestra e dos corais da instituição

Assim como os monarcas da época do Império do Brasil fizeram tantas vezes, o príncipe imperial Dom Bertrand de Orleans e Bragança assistiu à uma apresentação de orquestra nesta quarta-feira, 16, no último dia da sua visita a Brusque. Ele foi homenageado pela orquestra e pelos coros infanto e juvenil do Colégio Cônsul Carlos Renaux.

Dom Bertrand assistiu às breves apresentações ao lado de uma comitiva de convidados e vários estudantes. A orquestra, capitaneada pelo regente substituto Tiago Eggers, tocou Aleluia – tema do filme Shrek. Além disso, os dois corais cantaram Aquarela do Brasil, Garota de Ipanema e Casinha Branca.

Os alunos ensaiaram as músicas para a apresentação durante as aulas de música. Além de se exibirem na escola, também participam de eventos até de projeção nacional, na rede Sinodal de Educação.

Herdeiro do trono se o país ainda fosse um império, Dom Bertrand reeditou ontem pela manhã um costume da monarquia brasileira: o incentivo à cultura e às artes. Os monarcas foram incentivadores da cultura. A Academia Imperial de Belas Artes foi fundada por Dom João 6º no Rio de Janeiro (RJ) em 1826, por exemplo.

O príncipe imperial fez um breve discurso aos alunos. Segundo ele, havia 300 mil alunos no Rio de Janeiro, então capital federal, durante o segundo reinado. Isso, conforme ele, mostra que a monarquia investia na educação e artes.

Pedro Américo, um dos mais importantes pintores brasileiros, foi iniciado na academia de belas artes por intermédio de Dom Pedro 2º, contou Dom Bertrand, que é bisneto da princesa Isabel.

Com 144 anos de fundação, o Colégio Cônsul Carlos Renaux surgiu já na época da república, contudo, o seu embrião foi na época da monarquia. Otto Hermann Grimm, diretor da escola, destacou que, na época da criação da colônia, o imperador concedeu um terreno à Igreja Luterana e um, ao lado, para uma escola.

Paulo Kons, idealizador do Ciclo de Conferência Magnas Temáticas – que comemora os 200 anos da independência do Brasil em 2022 -, também ressaltou que a própria existência de Brusque deve-se à monarquia.

Foi Dom Pedro II quem autorizou que barão de Schneeburg, da Áustria, fundação da Colônia de Itajahy (atual Brusque). Além disso, Araújo Brusque, que dá nome à cidade, foi conselheiro do imperador, ou seja, a história do município é diretamente ligada à época imperial.


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