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Príncipe Imperial ministra palestra sobre a monarquia em Brusque

Evento ocorreu na noite desta segunda-feira, 14, no teatro do Centro Empresarial

Dom Bertrand de Orleans e Bragança ministrou na noite desta segunda-feira, 14, a primeira das sete palestras, até 2022, que farão parte do Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas. O príncipe imperial tratou de “A Monarquia na Construção do Brasil Independente”. Durante sua palestra, Dom Bertrand contextualizou a história do Brasil, desde seu descobrimento, passando pela declaração da Independência em 7 de setembro de 1822, até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

“Nossa independência foi diferente, foi mais uma emancipação do que guerra sangrenta. Foi resultado do conselho dado por Dom João 6º a seu filho, Dom Pedro 1º, que ficou no Brasil como príncipe regente”, diz.

O príncipe imperial também trouxe curiosidades sobre o período pré-independência, entre elas, sobre a ata da reunião do Conselho do Estado que decidiu a independência do Brasil, assinada por Dona Leopoldina, primeira esposa de Dom Pedro 1º. “Nossa independência foi assinada em uma reunião do conselho em 2 de setembro de 1922. Dona Leopoldina foi a primeira mulher chefe de Estado do país. Ela que assinou a ata da reunião porque Dom Pedro viajou e deixou ela como regente. No dia 7 de setembro, às margens do Ipiranga, ele só ratificou a decisão da esposa e declarou a independência do Brasil”.

Dom Bertrand também destacou o regime imperial como exemplo de sobriedade. “Somos iguais como filhos de Deus, mas o ideal de uma sociedade não é o igualitário, isso seria um desastre. As diferenças devem existir, mas ser proporcionais e isso havia naquele tempo. Havia equilíbrio, proporcionalidade”, diz. “Uma das preocupações do imperador era a formação da juventude. Para ele, o mundo de um chefe de Estado é semelhante a de um bom pai e uma boa mãe e assim ele fez”.

O príncipe também destacou a importância de sua bisavó, a princesa Isabel, que ocupou a regência do país por três vezes e, que teve como feito principal, a abolição da escravidão em 13 de maio de 1888. “Dom Pedro 1º e Dom Pedro 2º eram contra a escravidão, mas o parlamento era escravagista e a princesa Isabel é quem conseguiu dar a liberdade para os negros. Queriam erguer um monumento para ela, que ficou conhecida como A Redentora, mas ela recusou, quis que construíssem um monumento para O Redentor, e assim foi construído o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro”.

De acordo com ele, o chefe do Império governava para o povo. “Dom Pedro 2º foi preso e deportado para o exílio, e não levou nada. A preocupação dele era servir à pátria”.