Privatização de estatais que dão prejuízo deverá ser priorizada no estado
Privatização O governador eleito Carlos Moisés tem na concessão do porto de São Francisco do Sul uma de suas primeiras providências, como forma de o governo se capitalizar e renegociar suas bilionárias dívidas. Não passa pela mesma determinação, talvez porque muitas pessoas do futuro governo nem imaginam que seja pública, a Companhia Hidromineral Caldas da […]
Privatização
O governador eleito Carlos Moisés tem na concessão do porto de São Francisco do Sul uma de suas primeiras providências, como forma de o governo se capitalizar e renegociar suas bilionárias dívidas. Não passa pela mesma determinação, talvez porque muitas pessoas do futuro governo nem imaginam que seja pública, a Companhia Hidromineral Caldas da Imperatriz (Hidrocaldas). Perguntar não ofende: o que é que o governo e o contribuinte ganham – porque a sustentam quando dá prejuízo – com uma empresa dessas?
“Negócios”
Entre as 27 denúncias resultantes da Operação Boca Livre, que apontou que recursos deduzidos dos impostos de grandes empresas que se apresentaram como “patrocinadoras”, em vez de destinados a finalidades culturais foram aplicados fraudulentamente pelo grupo paulista Bellini Cultural em eventos corporativos privados, está a de que parte do dinheiro de projetos foi usada para o memorável casamento de um dos filhos do dono da corporação, Felipe Bellini, numa grandiosa festa em clube de praia no balneário Jurerê Internacional, em Florianópolis. Com dinheiro do contribuinte, tudo é mais fácil não?
No foco (1)
Enquanto ele prefere o silêncio, veterano que é nessas tratativas, o senador Esperidião Amin (PP-SC) voltou a ser personagem de vários comentários na mídia impressa nacional e redes sociais no final nos últimos dias. Em quase todos se atribui ao futuro chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Ônix Lorenzoni, a chancela do político catarinense para comandar o Senado.
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No foco (2)
Mas o notório Eunício de Oliveira (MDB-CE), seu presidente, já foi ao Supremo Tribunal Federal pedir que a votação não seja aberta. Alega que secreta “está mais relacionada à independência do Parlamento”. Para o bem da política, o político piauiense, corruptíssimo, não se reelegeu nas eleições deste ano.
Fundacentro
Servidores de carreira da Fundacentro estão preocupados com o futuro da instituição, criada em 1966 para o estudo e a pesquisa das condições dos ambientes de trabalho. Temem o enfraquecimento e até sua extinção diante do projeto do presidente eleito Jair Bosonaro de fatiamento do Ministério do Trabalho. Já há um movimento interno, inclusive em SC, e na área de saúde e segurança do trabalho pela incorporação do órgão ao Ministério da Ciência e Tecnologia, onde, acreditam, seguiria valorizado.
À disposição
O grupo de transição do governador eleito Carlos Moises já tem material para escrever uma tese sobre as vaidades humanas, se assim quisesse. Algumas pessoas, até com alguma projeção, julgam-se no direito de serem consultadas ou convidadas para ocupar cargos importantes no futuro governo. E sem cerimônia, se apresentem ao grupo de transição cheias de topetes, para “conversar” e entregar currículos.
Fahece
O engenheiro Michel Scaff e o farmacêutico Marco Aurélio Prass Goetten, assumiram sexta-feira a presidência e a diretoria operacional, respectivamente, da Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon. A atual gerente executiva, a administradora Míriam Gomes Vieira de Andrade, é a nova superintendente. O mandato é de dois anos e as funções são exercidas voluntariamente.
Medo infundado (1)
Foi com conhecimento de causa com o que acontece em seu Estado natal (SC), que o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, viu ecoar em “O Globo”, ontem, discurso que fez no Encontro de Líderes do Turismo, quando foi entregue o Prêmio Nacional do Turismo 2018, dia 5, no Rio de Janeiro, quando afirmou que se começa a superar no país medos infundados, que limitaram por muitos anos o desempenho do turismo nacional: “Medo de marinas, de transatlânticos, de liberar visitação em parques naturais, de divulgar cidades históricas para o turismo, de abrir cassinos em resorts integrados. Os medos reais e que devem ser combatidos, são o desemprego, a violência e o crime organizado”.
Medo infundado (2)
Medo que persiste, novamente em SC, já que se nota oposição ao extraordinário projeto de construção da maior roda gigante da América Latina (65 metros de altura) entre as praias Central e Brava, em Balneário Camboriú, apesar das extremas responsabilidades, principalmente ambientais, consideradas pelo Conselho da Cidade, que o aprovou.
Tubarão em alta
Domicilio eleitoral do governador eleito Carlos Moises e cidade natal ou que adotou vários de seus futuros colaboradores, Tubarão está em alta como novo polo político de SC. E poderá ter projeção maior ainda se for adiante o desejo do prefeito Joares Ponticelli (PP), que está mais que interessado em ser o novo presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), que faz eleição dia 15 de janeiro.
Café LHS
O plenário do Senado aprovou por unanimidade, anteontem, projeto de resolução do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) que denomina como “Sala Senador Luiz Henrique da Silveira” o local , informalmente conhecido como “Cafezinho dos Senadores” , onde parlamentares, visitantes e jornalistas se reúnem durante as sessões.
Vitória
A realmente dedicada deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC), que é enfermeira de profissão e conhece saúde pública, comemorou mais uma vitória, anteontem, com a aprovação, pelo plenário da Câmara dos Deputados, de projeto de sua autoria, defendido exaustivamente, que garante aos pacientes do SUS com suspeita de câncer, o exame de biópsia em até 30 dias, mediante pedido médico. O projeto agora segue para o Senado. Quem vive esse drama sabe avaliar a importância disso, a ponto de decidir a vida ou morte de uma pessoa.
Despeito
Trazido para Florianópolis como aquele que poderia solucionar os grandes problemas da região metropolitana, especialmente os ligados à mobilidade, o arquiteto e ex-prefeito de Curitiba já não consegue mais esconder, até publicamente, seu desencanto. Principalmente com as pessoas que a tem sob suas responsabilidades, nos âmbitos estadual, regional e municipal e seus excessos de incompetência e politicagem.
Faltou bebida
Por tais insignificâncias é que o Judiciário catarinense tem o assustador estoque de 3,4 milhões de ações para julgar. Nessa semana, o TJ-SC decidiu uma em que foi condenado um clube de praia da Ilha de SC, que vai ter que pagar R$ 750 a um jovem que o contratou para uma festa no réveillon, com bebidas requintadas, mas que, segundo ele, não foram servidas. Queria R$ 30 mil por danos morais e mais R$ 10 mil por propaganda enganosa. Com provas contrárias anexadas, o rapaz garantiu apenas o seu direito de reaver os R$ 750 investidos na entrada da festa.
Curiosidade
Nessa batelada de projetos em votação no Legislativo estadual há alguns até curiosos, como o que prevê a proibição do ingresso de agências de modelos em escolas públicas. A justificativa apresentada é de evitar o desvio de atenção dos alunos com assuntos externos ao ambiente escolar. Mas não se pensou que a ação também tem um lado muito positivo, como o de oportunizar empregos?
Fim da violência
As Associações Catarinenses das Indústrias de Água Mineral e das Emissoras de Rádio e Televisão se uniram na campanha “Diga não à violência à Mulher, menos ódio mais amor” que vai divulgar, a partir de janeiro, o número 180, da Central de Atendimento à Mulher, em mais de um milhão de garrafões de 20 litros d’água de 14 indústrias de SC.
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Bandejão
Foi motivo de festa em algumas rodas universitárias a decisão da Universidade do Estado de reduzir de R$ 7 para R$ 4,50 o custo do almoço e janta para seus alunos no restaurante da sede central, no bairro Itacorubi, em Florianópolis.
Moeda confiável
A Justiça Federal tascou quatro anos de prisão e multa para quatro homens que, em Blumenau, em julho deste ano, constituíram uma associação criminosa destinada a repassar cédulas falsas a motoristas que atuam por meio do aplicativo Uber. A procuradora Lucyana Pepe afirmou que condenações como essas devem ser noticiadas para que se restabeleça a confiabilidade da moeda posta em circulação, e para que a sociedade perceba que a Justiça pode ser célere e efetiva. Faça-se justiça: assim foi no caso.
STF referenda
O Supremo Tribunal Federal negou seguimento de reclamação da Defensoria Pública de SC que queria anular júri na comarca de Criciúma, pelo fato dos réus terem se apresentado e sido mantidos algemados ao longo de toda a sessão. A juíza Caroline Granja, que o presidiu, informou ao STF do fato dos acusados pertencerem a uma facção criminosa, em cargos de alto escalão e, consequentemente, de grande periculosidade. A regra atual prevê situações de excepcionalidade, como foi classificado o caso.