Problemas para enfrentar o CSA
O Brusque fez o pior jogo nessa Série B contra o Guarani e até poderia ter tomado uma goleada maior. O time não funcionou, deixou uma cratera na marcação no meio-campo e se tornou presa fácil para o Bugre, que entrava de todo jeito na área de Jefferson Paulino. Contrariado, e sem gostar das cobranças da imprensa, o técnico Jerson Testoni mais uma vez assumiu a culpa pelo resultado, criando uma blindagem sobre o grupo.
Precisamos falar sobre algumas situações do time. O “mapa de calor” do jogo contra o Guarani é claro em mostrar que o time pouco usou o setor esquerdo, ficou insistindo em jogadas infrutíferas por um lado e não conseguiu ter reação. Um assunto que parece ter virado tabu dentro do Brusque atende pelo nome de Thiago Alagoano. Desde que ele recebeu aumento de salário quando chegou a proposta do Goiás, ele nunca mais foi o jogador decisivo de antes. O time patina na falta de criatividade e depende demais de Edu, que é um verdadeiro faz-tudo, com uma entrega fora do comum. Questionado sobre o assunto, o treinador desviou da rota.
O time tem, ainda por cima, problemas por causa do elenco enxuto e do Departamento Médico: Alex Ruan segue sem previsão de volta, Bruno Alves ainda está na transição e o outro Bruno, o Lopes, pouco fez pra justificar sua entrada em campo. A tendência é de repetição da formação tática, com Gabriel Taliari e Diego fechando um quarteto ofensivo com Edu e Thiago. Há até a possibilidade de Maurício Garcez, que recebeu o perdão da diretoria depois de um mês de sumiço, já aparecer entre os relacionados para a partida.
O Brusque ainda tem uma posição cômoda na tabela, mas precisa dessa vitória em casa no domingo para não cair para a página 2 da classificação e começar a ter pressão da parte de baixo. É hora de reestudar todo o time e buscar tirar o máximo do plantel. Nem que isso acarrete em trocar quem tem posição cativa no time. Vai da cabeça do treinador.
Mudando na segunda rodada
A diretoria do Carlos Renaux resolveu dar uma boa mudada depois do empate em casa para o Atlético Catarinense, onde os dois pontos perdidos podem ser colocados na conta do sistema defensivo, que falhou de forma infantil em dois gols. O zagueiro Paganelli, que acabou pedindo pra ir embora, foi expulso em uma falta desnecessária no meio do campo e o time lutou pra virar a partida, mas acabou punido nos acréscimos em um novo erro. O técnico Luizão foi “rebaixado” para o cargo de auxiliar técnico, mesmo invicto, e deixou o lugar para Paulo Massaro, que treinou o Metropolitano no último Campeonato Catarinense, sem conseguir evitar o rebaixamento do time de Blumenau.
O time enfrenta o Nação, de Canoinhas, no domingo, com a missão de não perder. O campeonato é de pontos corridos, onde os dois primeiros conseguem o acesso. Uma derrota fará com que os líderes abram sete pontos de vantagem, obrigando o time a remar bastante. Dois reforços conhecidos nossos chegaram e vão acrescentar bastante: o volante Mineiro, que estava no Juazeirense-BA, e o meia Leilson, um dos principais jogadores daquele time de 2017 treinado por Pingo.
Não é a coisa correta a ser feita, literalmente trocando o pneu com o carro andando. Mas a diretoria tricolor resolveu arriscar para não ficar fora da briga pelo acesso ainda no primeiro turno.
De olho (1)
A Chapecoense divulgou, em uma reunião da diretoria com integrantes de torcidas organizadas, uma relação de atletas que estariam sendo observados pelo clube, com o objetivo de reforçar o time para a Série A. Na lista, está um jogador do Brusque: o volante Zé Mateus.
De olho (2)
O atacante Edu, artilheiro da Série B, chama atenção do mercado nacional e internacional. Hoje, vejo uma tranquilidade para a sua permanência no clube. Mas, quando a janela do exterior abrir, pode ser que algo novo apareça. O Brusque viu em Bruno Lopes uma opção para substituí-lo, mas ele nem chega perto da qualidade do camisa 9. Antes trazer o Bambam que está lá perdido na Série C e já jogou muita bola por aqui.