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Professor Guilherme (Patriota) expõe propostas para governar Brusque

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Professor Guilherme (Patriota) expõe propostas para governar Brusque

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Idade: 61 anos
Naturalidade: Brusque
Profissão: Professor Aposentado
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 51

Professor Guilherme (Patriota) é é professor desde 1982 e desde 1998 atua na gestão escolar. Ele foi eleito vereador nas Eleições de 2012, na primeira vez em que concorreu a um cargo político. Em 2018 foi candidato a deputado estadual.

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo

Durante a entrevista, o candidato criticou a defasagem em vários setores na cidade e também falou sobre propostas para saúde, educação e gestão, entre outros assuntos.

Assista a entrevista na íntegra

Confira os principais trechos da entrevista.

Você propõe criar um Conselho Superior de Gestão com voluntários e entidades para dar norte à gestão. Como iria funcionar?

A ideia surgiu quando a gente percebeu que muitas entidades hoje não participam das decisões da prefeitura. Minha gestão será através das entidades, buscando parcerias. Ainda hoje encontrei várias pessoas se colocando à disposição para dar opinião, trazer essas preocupações. O conselho seria itinerante, traria pessoas envolvidas para cada área – saúde, engenharia, educação. Poderia ser pessoas do próprio município, ou que tenham conhecimento da área e poderiam ajudar muito na forma de gestão que estamos propondo. Os bairros estão totalmente esquecidos e é por isso que sugerimos essa gestão.


Vocês pretendem implantar o Plano de Inovação e Sustentabilidade com a unificação de Secretarias reduzindo cargos comissionados. Quais secretarias e quais áreas você acredita que podem ser reduzidas?

As secretarias de Educação e Esporte, Cultura e Turismo, Ibplan e DGI, que são departamentos separados, a própria Fundema com o Zoobotânico, que neste momento tem sete funcionários comissionados e está fechado. Podemos diminuir secretarias e enxugar a máquina. Vemos que a cidade, cada vez mais, com cabide de emprego, com pessoas que não são técnicas e estão ocupando cargos. Temos muita vontade de valorizar o servidor público efetivo, que pode, com tranquilidade, tocar toda a estrutura da Prefeitura de Brusque.


Vocês pretendem implantar um controle na compra de materiais, contratação de serviços e gestão dos contratos com fornecedores e prestadores de serviços. De que forma isso pode ser melhorado?

Hoje, vemos alguns pregões que as empresas combinam entre si e não se tem controle disso. Quero o Observatório Social participando mais efetivamente do funcionamento dos editais. Também pretendo trazer uma assessoria de controle dessa questões. É dessa forma que a gente vai fazer o controle de compras, principalmente que entram nos setores das secretarias. A prefeitura acabando superfaturando obras e compras, e vamos ter um controle rígido para que sobre dinheiro para que possamos investir nos serviços essenciais.


Uma das propostas do plano de governo é o Pacote de Desenvolvimento nos Bairros. Quais ações esse pacote inclui?

Diria que todas as ações, porque estou indo aos bairros, e as pessoas estão preocupadíssimas. Os governos anteriores deixaram os bairros à mercê dos serviços essenciais da prefeitura, seja na infraestrutura, educação, segurança. A nossa Guarda Municipal poderia estar nos bairros, nossos postos de saúde estão cada vez mais problemas de infraestrutura. Vejo o bairro Limeira, um dos maiores da cidade, e você sai da rótula da Aradefe até o final do bairro, não tem estrutura nenhuma. As pessoas têm que disputar a pista de rolamento de bicicleta e a pé, porque não tem calçada. Não foi investido nada. Queremos governar Brusque olhando com muito carinho para os bairros.


Você se preocupa com a defasagem que o ensino à distância pode ter causado aos alunos por causa da pandemia. De que forma pretende diminuir esse impacto?

A defasagem da educação já vem acontecendo há muito tempo. Temos que oferecer uma escola integral para o nosso aluno. Com a pandemia, vimos que os pais têm a preocupação que os filhos acompanhe os estudos, mas não consegue ensinar, porque tem que ter didática para isso. Vamos retomar as atividades nas escolas, de forma que fique adequada. Se precisar alugar espaço, vamos alugar, para fazer a retomada. Queremos que o aluno fique mais tempo na escola. Sei que não vai ser em um ano, vamos ter que praticamente os quatro anos de governo para fazer a retomada. 


A questão da estrutura da obra da UPA no Santa Terezinha é uma discussão que existe na cidade há muito tempo. Qual o plano que vocês têm para esta estrutura?

Temos o Hospital Azambuja como o gargalo da nossa saúde. Recentemente conversei com algumas pessoas, e, iniciando outubro, a prefeitura deve R$ 5,25 milhões para o hospital, desde março o repasse foi mal feito. A estrutura de atendimento do hospital hoje é de cinco faixas diferentes, da menos para o mais grave. Dessa forma, penso que podemos usar infraestrutura da UPA e pegar esses atendimentos de faixa azul e verde (menos graves) sejam direcionados para lá, como uma Policlínica. Além dessa, a gente pensa em montar uma no Águas Claras, Dom Joaquim e Centro, para aliviar a porta do Azambuja. É possível fazer isso, falta vontade. Estamos desde 2000 com falta de vontade do prefeito. Estamos no século XXI e parece que nossa estrutura é do século XX. Para isso, vamos cortar cargos comissionados para economizar e podermos aplicar nessas estruturas. Por exemplo, com algo em torno de R$ 1 milhão, aquela UPA poderia estar funcionando. Então, se cortar comissionados, sobra R$ 1 milhão por mês para aplicar lá.


Você pretende levar adiante o processo iniciado na atual gestão para tratamento de esgoto por meio da iniciativa privada? Esse é o melhor modelo?

Temos um problema seríssimo na nossa cidade de esgoto, e é necessário que façamos urgente esse trabalho. A iniciativa privada vai ter essa possibilidade, vamos estudar isso com carinho para não onerar o cidadão. Nossa taxa de lixo já está absurda porque a concessão foi feito um pouco inadequada. Já discuti na Câmara de Vereadores sobre o lixo e temos que cuidar muito de como faremos a concessão do esgoto.


Neste ano, devido à estiagem, houve muitas reclamações de falta de água. O que as pessoas mais reclamam é que isso é recorrente. Você acredita que o Samae falhou na gestão do abastecimento? O que pretende melhorar?

Acredito que os governos anteriores têm falhado e agora ficou mais gritante porque estamos no século XXI e a cidade no século XX. Sabíamos que a cidade ia crescer e ninguém se preocupou em fazer uma captação adequada em alguns locais, como na Cristalina. Vamos analisar se aquele contrato da ETA está correto ou não e dar conta no menor tempo possível fornecer água ao cidadão brusquense. Se não tiver mais água, não pode autorizar empresas chegarem, prédios serem construídos. Tem que pensar nisso urgente. Isso já era para ter sido solucionado. Temos muita preocupação com o Samae hoje, é uma das instituições que temos que olhar com muito carinho.


O jornal recebe com muita frequência fotos e vídeos de manchas coloridas e espuma no rio Itajaí-Mirim. Como acredita que este problema pode ser amenizado?

A Fundema está lá para isso e para isso que vai servir. Penso que, cada vez mais, fazer com as empresas que poluem façam as coisas de forma adequada. Temos que fazer uma fiscalização rígida em cima das empresas que poluem nosso rio. Ninguém está aqui dizendo que vai punir severamente, vamos fiscalizar adequadamente. Usar a Fundema como deve ser usada. 


Quais as obras prioritárias que você acredita que Brusque precisa e se compromete a viabilizar?

Principalmente a questão das policlínicas, poder usar a estrutura no Santa Terezinha e depois fazer no Dom Joaquim, Águas Claras e Centro. Fazer o nosso dinheiro ser mais respeitado. A nossa rodoviária hoje está caindo, e ali poderíamos construir um espaço bom para uma Policlínica.

A questão da Beira Rio possivelmente vamos terminar, de forma adequada. Quero citar algo que está sendo conduzido inadequadamente, a Beira Rio não tem uma saída sequer para a Otto Renaux, vai desembocar tudo na ponte do Trabalhador. Temos informações que duas empresas se interessaram em fazer parceria público-privada. Uma é o Bistek, que mandou três vezes seus engenheiros para fazer a estrutura de entrada e saída naquela área, toda a questão de engenharia e estrutura de pavimentação e foi negado pela administração atual, porque não tem interesse ou talvez porque não “molhou a mão” de alguns interessados. É uma falta de respeito com o nosso cidadão.


 

 

É possível economizar R$ 1 milhão com cortes de cargos comissionados?

Para economizar este valor, o número de cargos comissionados teria que ser diminuído em quase 73%. Atualmente, a prefeitura tem 262 funcionários em cargos comissionados, sendo que 60 deles são diretores de escola. Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Brusque, o valor do pagamento dos comissionados em setembro foi de cerca de R$ 1,38 milhão.

A Prefeitura de Brusque deve ao Hospital Azambuja?

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, não. Professor Guilherme conversou com pessoas do hospital, mas, depois disso, já foram feitos pagamentos e repasses. A Secretaria de Sáude tem alguns valores que pertencem ao hospital provenientes de emendas parlamentares e do Ministério da Saúde, principalmente por conta das UTI/Covid e são valores que estão em processo de liberação. Os valores são liberados apenas após um trâmite, que inclui a apresentação de plano de trabalho pelo hospital e aprovação do Conselho Municipal de Saúde (Comusa).

O Bistek entrou em contato com a prefeitura para fazer acesso da Beira Rio para a Otto Renaux?

De acordo com a gerência do supermercado, engenheiros da empresa estiveram em reunião com a prefeitura, mas a questão acabou não sendo resolvida.


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