João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Profissão: apicultor

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Profissão: apicultor

João José Leal

Nas redes sociais, somos todos internautas polivalentes, neste tempo de pós modernidade e de vida humana desfilando no imenso ecrã do mundo virtual, da infinitude sem limites e sem fronteiras. Agora, todos querem opinar, criticar, enfim, falar sobre política, economia, justiça criminal, psicologia e, até, sobre filosofia. Na área da Medicina, circulam receitas mil sobre curas sensacionais, dietas prodigiosas daquelas de emagrecer alguns quilogramas em poucos dias.

É muita gente posando de cientista da farmacologia, descobrindo e receitando milagrosas propriedades medicinais nas plantas dos nossos quintais e da flora brasileira. Isso é bom porque as pessoas estão mais conscientes, mais esclarecidas e interessadas em participar da vida social em geral. Porém, é preciso não exagerar nem embarcar em discursos e profecias enganosas.

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Uma dessas receitas da dietética dos milagres, circulando na tela mágica do telefone celular fala do mel de abelha que, sem dúvida, é um excelente e saudável alimento. Para esses alquimistas da comunicação virtual, o mel de abelha tem mil funções profiláticas. É antisséptico, antioxidante, anti-reumático, diurético, digestivo, expectorante, calmante e por aí a fora.

Não é bem assim. O mel pode ajudar a evitar certos males que nos afetam. Afinal, é um alimento natural produzido pelas abelhas, a partir do néctar das flores. Mas não deve ser visto como uma substância capaz de fazer milagres. Para começar, mel engorda e não é bom para diabéticos. Então, se consumido de forma equilibrada, esse néctar colhido nas entranhas da beleza e da delicadeza das flores é uma verdadeira dádiva produzida por um dos mais úteis e admiráveis insetos, certamente, fará muito bem para a nossa saúde.

Se estamos falando de um excelente alimento, não podemos esquecer que o mel que nos chega à mesa, tão gostoso para passar numa bolacha do nosso café matinal é produzido num admirável e impressionante trabalho em equipe. Abelhas mais novas deixam a colmeia e voam longe, muito longe, para coletar o néctar das flores. Voltam com seus pequenos estômagos carregados da doce substância floral para encher os alvéolos de cada favo.

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Ali, outras realizam suas funções especializadas. Umas, de segurança, protegendo o açucarado e cobiçado patrimônio, outras, de ventilação alada, batendo as asas para manter o frescor do precioso líquido. Tem, ainda, a rainha, fielmente, alimentada por um batalhão de servas. Até na natureza, quem reina vive para ser servido. Por isso, somos um pouco majestade, também, quando o mel chega à nossa mesa e nos servimos desse néctar dos deuses. Por isso, é dever de cada um de nós preservar a flora livre da poluição tóxica.

Não devemos esquecer, também, que não é propriamente a abelha e sim o apicultor que faz nos chegar o mel à nossa mesa. Admiro muito esse profissional pelo seu difícil trabalho e, em especial, pelo seu admirável exemplo de exercer sua atividade em plena harmonia com o ambiente e com as abelhas, esses maravilhosos insetos do trabalho em equipe. Hoje, Dia de Santa Rita de Cássia, parabéns, ao apicultor pelo seu dia, hoje comemorado!

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