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Programa brusquense que conta histórias infantis faz sucesso na região; conheça

Em média, 6,5 mil estudantes do 1º ao 5º ano acompanham o programa

Todos os meses, uma média de 6,5 mil estudantes do 1° ao 5° ano do ensino fundamental de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Rodeio assistem às histórias do programa Era Uma Vez, Uma Semente do Bem. Lançado em outubro de 2019, pelo Observatório Social de Brusque (OSB Brusque), o programa de contação de histórias infantis tem como objetivo resgatar e ensinar valores éticos e morais através do mundo encantado da literatura infantil, fomentando a cidadania.

A Consultora Pedagógica de Educação Fiscal e Cidadania, Priscila dos Santos Petermann, é quem faz a curadoria das histórias que são utilizadas nas contações, tanto no formato presencial, como no virtual. “A busca por literaturas infantis que transmitam ensinamentos no seu enredo é feita por meio de pesquisa na internet e/ou livros físicos em bibliotecas de instituições de ensino de Brusque. É um trabalho árduo e desafiador pois a literatura infantil nacional conta com muito material”, diz.

No formato presencial, o programa é viabilizado com recursos dos Fundos da Infância e da Adolescência (FIA) dos municípios de Brusque e Guabiruba. Já no virtual, a partir de julho de 2023, o programa tem sido custeado com recursos do Fundo Social do Sicoob, que viabilizarão o programa até dezembro deste ano. As gravações são realizadas em um estúdio parceiro da entidade.

Ensinamentos diferentes

De acordo com Priscila, em cada contação as crianças conhecem histórias e ensinamentos diferentes, como por exemplo: honestidade, empatia, cooperação e respeito.

“São três histórias com ensinamentos diferentes a cada mês para as quatro cidades atendidas no formato virtual. Já no presencial, as três histórias mudam a cada ano, pois passamos pelas escolas de Brusque e Guabiruba uma só vez em cada ano letivo. Com linguagem simples e exemplos adequados ao cotidiano infantil”, detalha.

O rosto e a voz do Observatório Social de Brusque no programa Era Uma Vez, Uma Semente do Bem são da contadora de histórias e professora Ana Caroline Oliveira da Silva, a K’roll Oliveira. “Atuo na área teatral há mais de 15 anos e iniciei como contadora de histórias do Observatório, em 2020. A ideia inicial era eu ir até as escolas com contações presenciais, mas por conta do isolamento da pandemia de Covid-19 iniciamos lives de contação de história no Instagram.

Posteriormente, começamos a fazer lives em datas comemorativas como Dia do Estudante, Dia das Crianças, Páscoa, entre outros, diretamente para as escolas. Deu tão certo, que conseguimos o apoio do espaço de gravação e desde então, até hoje fazemos gravação de três histórias inéditas por mês.

Esses vídeos ficam com link disponível para as escolas. Atualmente, mantemos o virtual e o presencial. No presencial, desde o início do ano passado, eu vou uma vez por semana em uma escola diferente de Brusque e Guabiruba com um combo de três histórias”, conta.

K’roll destaca que conheceu a equipe do OSB Brusque por intermédio do também contador de histórias, Emiliano Daniel de Souza, que foi o primeiro contador de histórias do programa. “Eu tinha um espetáculo solo e dava aulas em um local extracurricular. No período do Festival de Inverno conheci o artista Emiliano, que era quem fazia o Era Uma Vez, Uma Semente do Bem anteriormente e precisava se afastar por recomendação médica. Ele que me apresentou para a equipe”, recorda.

Muito mais do que uma contadora de histórias

Quando chega nas escolas, K’roll é recebida pelos alunos como celebridade. As crianças querem não só ouvi-la, mas também abraçá-la e conversar com ela. “Teve uma criança que quando me viu pessoalmente disse: “nossa, parece que ela saiu do mundo dela”. Eu sou K’roll Oliveira, porém existe um personagem K’roll contadora de histórias, que tem seu jeito de falar, vestir, maquiar, seus próprios trejeitos e cores”, diz.

A contadora de histórias explica que o programa é, para ela, a realização de um sonho. “Fui uma criança de escola pública, me encantava e lembro até hoje das coisas que tivemos na escola. Sempre foi um desejo quando estudava teatro poder contribuir de algum modo com minha arte para a sociedade “, conta.

Para K’roll, o trabalho do OSB nas escolas é essencial. “O que faz os professores e diretores se interessarem em receber o programa é justamente que, de uma forma lúdica, conversamos com as crianças sobre ser uma pessoa boa e consciente. Falamos de honestidade, trabalho em equipe, não julgar os outros pelas diferenças e sim entender que cada um pode contribuir do seu modo.

O programa ensina sobre a sociedade e a refletir como sermos cada vez pessoas melhores. Se chama Era Uma Vez, Uma Semente do Bem, pois é a história dessas sementes, dessas crianças que vão brotar fazendo o bem no futuro. Acreditamos verdadeiramente nisso, por isso nos dedicamos tanto. Fazemos cada história com muito capricho e com recursos diferenciados. Fazemos nosso melhor, para que assim também sejamos exemplo”, frisa.

Raio X do programa Era Uma Vez, Uma Semente do Bem

Formato Virtual

  • 2020 – 14.400 beneficiados com: 40 lives / 4.311 acessos ao vivo / 10.089 acessos remotos;
  • 2021 – média de 3.098 alunos beneficiados /mês com: 15 lives;
  • 2022 – média de 6.540 beneficiados /mês com: oito contações virtuais;
  • 2023 – 6.738 beneficiados /mês com três contações virtuais (ainda em execução – média de abril, maio e junho).

Formato presencial

  • 2019 – 497 beneficiados (18 turmas, de 3 escolas, com 6 contações);
  • 2020 – sem contação presencial por conta da pandemia de Covid-19;
  • 2021 – sem contação presencial por conta da pandemia de Covid-19;
  • 2022* – 3.429 beneficiados (152 turmas, de 21 escolas, com 45 contações);
  • 2023** – 4.704 beneficiados ( 231 turmas, de 29 escolas, com 76 contações);

(*com recursos do FIA Brusque)
(**ainda em andamento com recursos do FIA Brusque e FIA Guabiruba)


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