Estudantes do Programa ONU, do Colégio Cônsul Carlos Renaux, participaram de mais uma grande competição internacional: a Harvard Model United Nations (HMUN). O evento de simulações da Organização das Nações Unidas ocorreu na universidade, localizada em Boston, nos Estados Unidos. Os debates reuniram mais de 3,8 mil jovens de todo o mundo, entre 26 e 29 de janeiro.
Com apenas 3 escolas brasileiras o Colégio Cônsul teve a maior delegação do país. O Programa ONU conta com 70 estudantes participando de diversas simulações, dos quais 12 representaram o educandário, acompanhados de dois professores, nessa competição. A estudante do 2º ano do Ensino Médio, Marcelle Habitzreuter Müller, relata que a delegação iniciou os estudos em novembro, com foco na competição. Logo no início de janeiro, os estudantes voltaram ao colégio para realizar mais pesquisas sobre as temáticas. Foram mais duas semanas de aulas.
“Queríamos muito participar de Harvard e sabíamos que isso significaria abdicar um pouco das nossas férias, do nosso tempo livre, mas tínhamos um objetivo em comum muito grande. Durante a preparação aprendemos a pesquisar, criamos hábitos de organização e planejamento de estudo”.
A equipe embarcou para mais este desafio em 24 de janeiro. O professor e orientador do programa, Reynaldo Coimbra, relata que essa foi a segunda participação do Colégio Cônsul no evento.
Durante a simulação, os estudantes precisaram trabalhar sob pressão, com raciocínio rápido e desenvoltura para debater em outra língua. Avalia que foi um retorno com mais oportunidades, após quatro simulações presenciais realizadas em 2022.
“A nossa preparação foi eficiente, conseguimos atingir todos os objetivos que a gente propôs aos jovens para alcançar uma participação mais forte e contundente sobre os temas. Entendemos mais os processos e regras”, avalia.
A professora de inglês do programa, Camila Zirke, ressalta que participar de uma simulação United Nations por si só é emocionante. Porém, participar de um evento do tamanho da HMUN foi sensacional.
“Ver os nossos estudantes motivados, dispostos, engajados e com vontade de participar foi a recompensa de tanta pesquisa, leitura, estudo e dedicação. Estou muito honrada em ter sido ‘faculty advisor’ [conselheira estudantil] de alunos tão comprometidos com o processo de preparação”, ressalta.
Estudantes na simulação da Harvard Model United Nations
Conexão entre culturas
A estudante do 1° ano, Valentine Marie Verwiebe Erzinger, destaca que a experiência foi transformadora na vida dela e dos colegas. Ela relata que, no evento, pôde encontrar diversos estudantes com pontos de vista, países e culturas diferentes.
“No final, desenvolvemos habilidades acadêmicas, e também aprendemos sobre convivência. Passamos muito tempo em grupo, desde a preparação até a viagem. Mesmo sendo várias pessoas super diferentes, soubemos encontrar pontos em comum e formamos uma equipe unida. Dividir esse momento junto com eles foi ainda mais especial”, avalia.
Para ela, a interação proporcionada pela HMUN 2023 foi a parte mais legal da viagem. “É impressionante ver como o domínio do inglês pode unir as pessoas, até fiz amigos da Tunísia. Conhecemos o campus de Harvard, e conversamos com estudantes e professores da universidade”, completa.
Superação e desafios
Reynaldo avalia que o maior aprendizado é o desenvolvimento pessoal e interpessoal, com habilidades de oratória e o domínio do inglês. “Muitos estudantes, que antes tinham vergonha de ir na frente da sala de aula, hoje têm habilidade de falar na frente de 200 alunos do mundo todo e em outro idioma”, continua.
O professor destaca que o desempenho dos estudantes foi excelente. “Esperamos estar no ano que vem novamente no evento, e ainda mais preparados. A cada ano que participamos, adquirimos mais experiência”, finaliza.
Ainda durante a viagem, os estudantes também visitaram atrações e museus da cidade de Boston, onde puderam aprender sobre a história e a cultura local.