Projeto criado em Brusque busca prevenir o abuso sexual contra crianças
Iniciativa foi desenvolvida por psicólogas da Polícia Civil
Iniciativa foi desenvolvida por psicólogas da Polícia Civil
A partir de abril o município de Brusque vai contar com um projeto de prevenção do abuso sexual contra crianças. A iniciativa é das psicólogas policiais Aline Pozzolo Batista e Cristina Weber, com o apoio da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami).
O projeto “Proteja Uma Criança” vai oferecer oficinas para a comunidade com o objetivo de formar os participantes para atuarem com as crianças a fim de prevenir as situações de violência sexual.
Aline explica que a ideia surgiu por conta de já existirem ações após o abuso, mas poucas que pensam na prevenção desses casos. As duas psicólogas e policiais estruturaram o projeto, que já está em desenvolvimento em Joinville desde o ano passado.
A intenção é iniciar a primeira oficina em Brusque no próximo mês. Cada oficina terá quatro encontros, que serão ministrados por Aline e por três estagiárias do curso de Psicologia do Centro Universitário de Brusque (Unifebe).
Os encontros serão gratuitos, abertos para toda a comunidade interessada e ofertados nos três períodos do dia para atender a disponibilidade do público.
Durante as oficinas serão debatidos diversos assuntos como a conceituação do abuso sexual, o perfil das vítimas e autores, quais são as situações de risco, como identificar comportamentos que indiquem abuso, entre outros. Além disso, também serão mostradas estratégias de abordagem, como tratar o assunto com as crianças sem assustá-las, entre outras técnicas.
“A gente espera que com essas oficinas as pessoas compreendam melhor essa situação. A educação sexual tem esse objetivo muito claro de evitar que as crianças passem por violência sexual”, ressalta a policial.
Aline percebe que a população tem denunciado mais casos e que a comunidade tem procurado saber sobre o tema. “Tenho ficado impressionada com o interesse das pessoas. Tem essa demanda, querem proteger as crianças mas não sabem como fazer isso, não sabem orientar sem que gere medo”. Ela complementa que ao longo dos anos espera que o projeto crie uma cultura do diálogo.
Após a realização de oficinas com adultos, o projeto pretende oferecer um encontro específico para crianças e adolescentes.
As datas dos encontros ainda não foram definidas. As informações sobre inscrições e o cronograma serão publicadas nas redes sociais do projeto facebook.com/protejaumacrianca e instagram.com/protejaumacrianca.