Bárbara Sales

Projeto da duplicação da rodovia Ivo Silveira é apresentado pelo Deinfra

Encontro reuniu moradores e autoridades de Brusque e Gaspar na noite desta segunda-feira, 20

Na noite desta segunda-feira, 20, foi realizada a consulta pública para a duplicação da rodovia SC-108, a Ivo Silveira, entre Brusque e Gaspar. A reunião, promovida pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) aconteceu no salão da igreja Nossa Senhora do Rosário, no bairro Barracão, em Gaspar, e reuniu moradores e autoridades das duas cidades.

De Brusque, participaram o vice-prefeito Ari Vequi, a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andrea Volkmann, o deputado estadual Serafim Venzon, os vereadores Ana Helena Boos, Marcos Deichmann, Alessandro Simas, Sebastião Lima, Jean Pirola e Claudemir Duarte, o Tuta e empresários.

O principal objetivo do encontro foi apresentar o anteprojeto da duplicação da rodovia para a comunidade, tirar dúvidas e ouvir sugestões de moradores e empresários que serão afetados, a fim de evitar problemas futuros, como acontece hoje com a obra da rodovia Antônio Heil, por exemplo.

O engenheiro Alexandro Carvalho, do consórcio Beck de Souza/MPB, empresa responsável pela elaboração do projeto, afirma que a duplicação é a mais complexa dentre as que a empresa está atuando. “Demanda maior esforço de engenharia, necessita de um arranjo mais elaborado e tem também a maior extensão”, diz.

Durante o encontro, a empresa apresentou o projeto inicial que ainda não está finalizado e, segundo os engenheiros, deve aproveitar ao máximo o traçado existente. “O projeto contempla uma reordenação do espaço, visando também pedestres e ciclistas”.

A extensão da obra será de 17 km, iniciando na rotatória que dá acesso à Sociedade Santos Dumont, em Brusque, até as proximidades da Plasvale, em Gaspar. Um dos pontos contestados pela Prefeitura de Brusque é, justamente, o trecho do município que será contemplado pela obra. A vontade do governo brusquense é que a duplicação comece já no Steffen, próximo à empresa Zen, incluindo os cerca de 1,5 km de área urbana da rodovia.

O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, e os vereadores questionaram esta situação durante a consulta pública, entretanto, não tiveram a resposta que gostariam. O engenheiro Valmir da Silva, um dos representantes do consórcio, diz que não é possível incluir o trecho até a rotatória do Steffen neste projeto porque o contrato entre o consórcio e o Deinfra contempla apenas os 17 km inicialmente previstos.

“Já estamos em fase de fechamento e não há como fazer aditivo porque perderíamos o tempo hábil para se fazer isso. É possível incluir este trecho por meio de uma nova licitação do Deinfra, porque ainda é estadual, ou por meio de um convênio da prefeitura com o Deinfra, com a prefeitura fazendo a licitação”.

O vice-prefeito Ari Vequi destacou a importância da consulta pública e ressaltou que a prefeitura continuará lutando para incluir o trecho até o Steffen na duplicação.

“Na Antônio Heil não tivemos esse momento de discutir o projeto antes e agora temos problemas. Não concordo com a chegada de Brusque. Quero fazer com que o Deinfra mude de ideia e leve até o Steffen, continuaremos na luta para que isso aconteça e todo o trecho de Brusque seja incluído no financiamento”.

O projeto
O projeto apresentado contempla seis viadutos e três passarelas no trecho de Gaspar e mais cinco viadutos e seis passarelas para pedestres em Brusque. De acordo com os engenheiros, em praticamente todo o trecho haverá marginais para o tráfego local e retornos, que são necessários entre um viaduto e outro. A equipe de engenharia também ressaltou que serão 24.120 metros de ciclovias e passeios ao longo da rodovia.

Para o trecho final da duplicação, na rotatória que dá acesso ao Santos Dumont, está previsto, segundo o engenheiro Valmir da Silva, um viaduto que passará por cima da rotatória para levar o tráfego direto para o Centro de Brusque e por baixo da rotatória será o tráfego de quem vem de Gaspar poder acessar a avenida Beira Rio e chegar até a rodovia Antônio Heil. “Esses movimentos serão garantidos pela rotatória que será melhorada”.

Ainda não há um valor definido para a obra. Por enquanto, o valor estimado no anteprojeto é de R$ 338.347.223,89.

O consórcio Beck de Souza/MPB foi o vencedor da licitação para elaborar o projeto, que está sendo financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O investimento nesta etapa é de pouco mais de R$ 1 milhão.

Com a realização da consulta pública, o Deinfra espera que o projeto seja finalizado até o fim do ano e, assim, a obra deve ser licitada em 2019.