Projeto de engenharia da barragem de Botuverá passará por alterações de orçamento
Com isso, Casan não tem prazo para lançar a licitação
Com isso, Casan não tem prazo para lançar a licitação
Colaborou Luiz Antonello
Após algumas prorrogações da abertura dos envelopes no processo licitatório para construção da barragem em Botuverá, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), responsável pela obra, informou que o processo de licitação está tramitando. No entanto, houve necessidade de revisão do projeto de engenharia. Com isso, devem ocorrer alterações no orçamento da obra.
A autarquia do governo de santa Catarina informou ainda que não há prazo para lançar a licitação. De acordo com a Casan, a motivação para revisão do projeto de engenharia são os materiais a serem utilizados na construção, como, por exemplo, o concreto.
Alcir Merizio, prefeito de Botuverá, reforça a vontade de fazer com que a barragem saia do papel. Ele afirma que a estrutura terá três funções: contenção de cheias, captação de água e geração de energia.
“Estamos muito preocupados, mas agora com um novo governo teremos que começar tudo de novo [a cobrar]. Vamos lá com a Acibr, que é nossa parceira, junto do Núcleo de Empresários, para ver em que pé está, se dão ou não prosseguimento. Jorginho Mello precisa ver a necessidade, não vamos desistir”, salienta.
O prefeito destaca que as liberações ambientais e as desapropriações estão resolvidas. Portanto, a cidade aguarda apenas pela aprovação para o início das obras.
O edital para construção da barragem foi lançado oficialmente em 17 de março, conforme divulgado pelo jornal O Município. Na época, o prefeito de Brusque, Ari Vequi, comentou a importância da obra para a região no combate às enchentes.
“Esta obra representa muito para o fim das grandes enchentes e enxurradas no Vale do Itajaí Mirim. Uma luta de várias cidades, entidades e, pessoalmente estou envolvido no projeto há pelo menos 20 anos, desde a época que era secretário de Estado”, destacou na época. Para Ari, “a barragem é uma obra estruturante de prevenção de cheias e também um importante equipamento ambiental no armazenamento de água no manancial”.
A capacidade da estrutura é para um volume acumulado de água de 15,7 hm³, atendendo a uma população de cerca de 1,41 milhão de habitantes. Além da construção da estrutura da barragem, o projeto inicial prevê melhorias no sistema viário, com a implantação de novas estradas, e também ampliação da rede elétrica, com redes adicionais de suprimentos e uma subestação transformadora. Inicialmente, o prazo de execução da obra era de 24 meses e o investimento total era de R$ 110 milhões.
A abertura dos envelopes no processo licitatório estava marcada para 8 de setembro, mas foi prorrogada pela autarquia para 5 de outubro, conforme divulgado anteriormente pelo jornal O Município.
O motivo para a prorrogação da data, segundo a Casan, foi em virtude de várias solicitações de informações e esclarecimentos sobre o processo licitatório que precisam ser respondidos pela empresa.
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