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Projeto de lei institui a Semana Farroupilha no calendário oficial de Brusque

Semana seria celebrada anualmente de 14 a 20 de setembro, promovendo uma série de eventos culturais

A Câmara Municipal de Brusque discutirá em breve um projeto de lei que institui a Semana Farroupilha no calendário oficial da cidade. A semana seria celebrada anualmente de 14 a 20 de setembro, promovendo uma série de eventos culturais que destacam o tradicionalismo gaúcho e seus laços históricos com a região. O projeto é de autoria da vereadora Marlina Oliveira (PT).

Segundo a parlamentar, o projeto de lei busca valorizar e reconhecer a importância da cultura rio-grandense para a população de Brusque, que possui uma expressiva quantidade de cidadãos com raízes no sul do Brasil.

Como exemplo, a vereadora citou que a Semana Farroupilha já é comemorada em outros municípios catarinenses, como Joinville, Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota, Itapema e Blumenau.

Objetivos

O projeto de lei propõe diversas atividades culturais e educativas durante a Semana Farroupilha, tais como:

  • Atividades culturais e cívicas focadas no tradicionalismo e nativismo, destacando a cultura rio-grandense;
  • Promoção do folclore gaúcho por meio de palestras, cursos, concursos e apresentações artísticas;
  • Incentivo ao tradicionalismo, difundindo a prática e os valores culturais gaúchos;
  • Participação comunitária envolvendo os Centros de Tradições Gaúchas (CTG) e outras entidades locais.

Justificativa e impacto cultural

A escolha da data, que coincide com o início da Revolução Farroupilha em 20 de setembro de 1835, visa homenagear um movimento que reivindicava a liberdade e os direitos dos cidadãos contra o Império do Brasil.

“A Semana Farroupilha é um símbolo de orgulho e tradição para muitos brusquenses, reforçando os laços culturais entre Brusque e o Rio Grande do Sul”, justificou a vereadora.

Caso a lei seja aprovada, o poder público municipal se torna responsável por estabelecer e organizar o calendário de atividades durante a Semana Farroupilha, em colaboração com as secretarias que possuem afinidade com o tema.

“A iniciativa visa não apenas celebrar a história e a cultura gaúcha, mas também enriquecer o calendário cultural da cidade, promovendo a diversidade e a integração comunitária. Com a sanção deste projeto de lei, a Semana Farroupilha passaria a ser uma celebração oficial em Brusque, fortalecendo o reconhecimento das tradições gaúchas e promovendo um intercâmbio cultural que valoriza a história e a identidade da região”, concluiu.

Revolução Farroupilha

A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi uma revolta regional que ocorreu no Brasil entre 1835 e 1845, principalmente no território do Rio Grande do Sul. Foi uma das mais longas e significativas rebeliões durante o período regencial brasileiro.

Causas:

  • Econômicas: os estancieiros (criadores de gado) do Rio Grande do Sul estavam insatisfeitos com os altos impostos sobre produtos como o charque (carne seca), que competia com o charque importado do Uruguai e da Argentina, que era mais barato;
  • Políticas: havia descontentamento com a falta de autonomia política e administrativa das províncias em relação ao governo central no Rio de Janeiro;
  • Culturais: os gaúchos tinham uma identidade cultural forte e sentiam-se sub-representados no governo imperial.

A revolução começou em 20 de setembro de 1835, quando os farroupilhas, liderados por Bento Gonçalves, tomaram Porto Alegre. Os rebeldes proclamaram a República Rio-Grandense em 1836.

Em 1839, os farrapos proclamaram outra república na província de Santa Catarina, conhecida como a República Juliana.

O conflito terminou em 1845 com o Tratado de Poncho Verde, que concedeu anistia aos rebeldes e algumas concessões, como a redução de impostos sobre o charque e maior autonomia administrativa para o Rio Grande do Sul.


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