Projeto do transporte coletivo em Guabiruba é aprovado
Matéria recebeu dois votos contra, uma abstenção e seis a favor em primeira votação
Matéria recebeu dois votos contra, uma abstenção e seis a favor em primeira votação
O projeto de lei º 33/2014 que regulamentar a prestação do transporte coletivo em Guabiruba foi aprovado em primeira votação na Câmara de Vereadores na sessão de terça-feira, 9. A matéria recebeu seis votos a favor, dois contra e uma abstenção. Para que entre em vigor, a lei tem de ser aprovada pela segunda vez na sessão do dia 16.
Os dois vereadores que votaram contra o projeto foram Haliton Kormann (PMDB) e Nilton Kohler (DEM), ambos da oposição. O peemedebista levantou questionamento sobre a substituição do transporte escolar pelo novo sistema. O projeto dá a possibilidade de que os alunos da rede escolar do município que hoje andam gratuitamente nos coletivos de propriedade da prefeitura passem a depender dos ônibus da empresa que vencer a licitação.
Kormann afirmou na tribuna que não é contra o transporte coletivo, contudo, ele não apoiará matéria se a transferência dos ônibus escolares for mantida. “Eu sou da opinião que o transporte escolar tem de ser mantido pela prefeitura”, disse. O vereador Kohler também questionou o projeto de lei. Para ele, se aprovada, a lei trará custo de R$ 150 a R$ 300 mil ao erário. Jaime Nuss (PMDB) se absteve da votação porque considerou que não houve discussão o suficiente acerca da matéria.
O presidente da Câmara, Waldemiro Dalbosco (PP), nega que não tenha havido esclarecimentos o suficiente sobre o projeto do transporte urbano. Segundo ele, antes da sessão houve uma reunião entre os nove parlamentares e representantes da prefeitura. Ele também afirma que a cidade está crescendo em ritmo acelerado e ter um transporte coletivo que interligue os bairros é de suma importância até mesmo para os comércios. “Hoje, é mais fácil a pessoa ir comprar em Brusque do que vir para o Centro comprar nos nossos comércios. Esta é uma reivindicação antiga do Núcleo Empresarial”, diz.
“Os vereadores estão sendo precipitados. Nem lançamos o edital ainda. Não temos nenhuma intenção de gastar mais. Vamos fazer tudo com calma”, diz o prefeito Matias Kohler (PP). Ele destaca que o projeto que foi encaminhado apenas concede a autorização para a prefeitura implantar o transporte e não define especificidades do futuro transporte coletivo.
Quanto ao assunto levantado por Kormann sobre o transporte coletivo o prefeito diz que a inclusão do transporte coletivo na concessão é necessária porque o estado de conservação da frota da prefeitura não é o ideal. Segundo ele, três ônibus estão em melhor estado, enquanto que os outros têm mais de dez anos de uso. “Ainda não há uma decisão, mas, se houver, o transporte continuará a ser gratuito. O município assumiria os custos”, afirma. Ele diz que os cálculos apresentados na Câmara estão equivocados e é preciso aguardar o lançamento do edital.